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sábado, 8 de novembro de 2008

INDIGNAÇÃO SOBRE O PODER DA ELITE(minoria)


Por 10 x 0 votos o STF inocenta Dantas com aprovação da decisão do HC (habeas corpus) a favor do banqueiro Daniel V. Dantas, votação ocorrida dia 05/11. Além de promover a caça pela PF ao delegado Protógenes Queirós, e acusação ao juiz federal Fausto de Sanctis. O juízo ético move a INDIGNAÇÃO. Leia a opinião do jornalista Azenha.


TODO MUNDO É ESPERTO. SÓ VOCÊ, LEITOR, É IDIOTA
Atualizado em 08 de novembro de 2008 às 08:07 Publicado em 07 de novembro de 2008 às 19:44
Seria cômico, não fosse trágico e patético, o uso de instituições do Estado para proteger um banqueiro, com a devida cobertura midiática.
O governo Lula está envolvido até a medula na tentativa de desmoralizar aqueles que ousaram investigar o banqueiro, cujos crimes têm a obviedade de uma propina de um milhão de reais em dinheiro.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, é co-responsável pela patifaria. Já imaginaram se a PF fosse fazer buscas nas casas de todas as autoridades que vazaram informações para jornalistas? Isso é absolutamente corriqueiro. E o delegado Edmilson Bruno, aquele que vazou as fotos do dinheiro dos aloprados para os jornalistas na véspera do primeiro turno da eleição presidencial de 2006? Houve busca e apreensão na casa dele?
É óbvio que a PF está sendo usada numa tentativa descarada de intimidar o delegado Protógenes Queiroz. É um absurdo que o ministro da Justiça, Tarso Genro, seja conivente com isso. Não há outro nome para definir o que está acontecendo: uma patifaria. Com a silenciosa aquiescência do presidente da República, que está desmoralizando a Polícia Federal e se associando ao que há de mais podre na política brasileira.
Lula dá corda àqueles que pretendem enforcá-lo, se já não o fizeram. Começo a concordar com PHA: o presidente da República "caiu para dentro". Abdicou do governo. Assiste a tudo impassível. Com certeza está fazendo os devidos cálculos políticos, pensando "naquilo", 2014. Será atropelado pelos acontecimentos. Não vai fazer o sucessor em 2010. Nem voltará em 2014. Não acredito que o presidente da República seja ingênuo: assim que ele tirar os pés do Palácio do Planalto será devidamente "desconstruído" pela mídia brasileira.
Lula não fará o sucessor em 2010 pelo simples fato de que, em nome de seus próprios objetivos pessoais, joga todos os aliados aos leões, sempre que é conveniente. Penso em termos estritamente políticos: quem é que vai se aliar ao Lula se acredita que o presidente da República trata aliados como "descartáveis"? Quem é o homem-forte do governo Lula neste momento? O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que outro dia posou sorridente ao lado do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab. Os três "despacharam" sobre os aeroportos de São Paulo. Será que Lula acredita que o ministro Jobim serve a ele? Contem outra...
O próprio presidente da República já disse que nunca foi de esquerda. Faz sentido, quando se vê Lula disputando a direita com José Serra. Só há uma explicação para o comportamento de Lula: ele quer posicionar sua candidata como a verdadeira merecedora da confiança do empresariado paulista. Sabe que esse empresariado desconfia de Serra. Paulo Lacerda? Protógenes? ABIN? Às favas com essa gente. Prender empresário que pode financiar minha candidata? Enlouqueceram?
O que o presidente da República, com toda a sua esperteza e sagacidade, não parece ter percebido, é que Gilberto Kassab ensaiou, na campanha municipal paulistana, o movimento que José Serra fará em sua própria campanha: endossar os programas sociais. É o lulismo sem Lula. O vergonhoso comportamento do governo Lula ao longo da operação Satiagraha pode custar só meia dúzia de votos à esquerda, mas não rende nenhum à direita. O que Lula tem a ganhar? Financiamento de campanha? O apoio do empresariado, com a garantia de que ele não mexe mais com "os de cima"?
Enquanto isso, a mídia continua servindo à mistificação. Do Valor Econômico, a respeito da decisão do STF sobre o habeas dantas: "O processo de Dantas chegou ao STF em junho, antes do início da operação, pois o banqueiro soube pelos jornais (grifo meu) que estava sob investigação da PF e ingressou com um pedido preventivo de habeas corpus".
Pelos jornais? O Valor Econômico poderia ter dito a verdade a seus leitores: soube pela Folha de S. Paulo, que prestou serviço a um patrocinador.
AQUI, COMO A FOLHA "AVISOU" DANTAS, QUE USOU A "NOTÍCIA" PARA PEDIR O HABEAS DANTAS PREVENTIVO.
Eles -- todos eles, inclusive o presidente da República -- acham que são espertos. Só nós é que somos idiotas.
PS 1: Se a revista "Veja" foi capaz de dar credibilidade ao falso dossiê com as contas de integrantes do governo Lula no Exterior (leia aqui), o que não fará com os dossiês que receber diretamente do presidente Serra? Repiro: a elite brasileira demolirá Lula assim que ele tirar os pés do Planalto.


Prof. Joaquim P. de Lima.

domingo, 2 de novembro de 2008

A crise financeira dos EUA e Brasil: razões e consequências

No debate sobre a Crise Financeira realizada na I Semana de Administração da Faculdade Uninorte, Londrina, no dia 30/10, auditório lotado. Os debatedores foram: Prof. Henrique Sachetin (economista, especialista em Bolsa), Prof. Laércio Rodrigues (economista, especialista em Mercado de Trabalho), Prof. Marco Arbex (economista, especialista em Marketing), Prof. José Luis Dalto (economista, especialista em O&M), Prof. Joaquim P. de Lima (sociólogo, filósofo, especialista em Políticas Públicas), todos docentes da Uninorte. O prof. Laércio introduziu conceituando economia e sua relação com a crise financeira e o sistema financeiro. Em seguida, o prof. Arbex destacou a origem da crise a os ciclos de crise do capitalismo. O prof. Sachetin relacionou a crise com a economia mundial, as bolsas e o neoliberalismo. Salientou a descrença na fala do Governo Lula e elogiou o presidente do BC, Henrique Meirelles, na condução da economia. No contraponto, o sociólogo, prof. Joaquim Lima, provocou se as consequências da crise são de fato como a mídia prescreve ou é fruto de ideologia e relações de poder? Apontou que a crise, tal como afirma o economista americano I. Wallenstein, faz parte do movimento do Sistema Mundial, e a crise do paradigma neoliberal da não-intervenção do Estado no mercado. A mídia cria um clima de desaceleração, de aumento de inflação, risco, com o intuito político eleitoral visando 2010.