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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Política: dissimulam projetos e interesses.


Política & Eleição. Assistindo o debate na TV dos candidatos prefeituráveis nos municípios de médio porte percebo três variáveis em conexões: 1. identidade; 2.demanda; 3.negação. Os candidatos ao cargo majoritário municipal são agrupados em defensores da ordem desigual (os trochas); os mantenedores (os biguás); e os mudancistas (os 'zelotes'). Os últimos identificam com os detratores da ordem na desordem. O anti-Estado deve corroer o Estado e construir metafísicamente o Estado transcedente. O do meio foca no Estado a revelia dos outros atores da sociedade civil pois está em estágio de endoginia. Por último, o primeiro na defesa do dogma da liberdade e da desigualdade orgânica e natural, com impossibilidade de tornar factível o possível, identidade firma nos interesses da sociedade civil, isto é, particular. O indivíduo é superior que a coletividade. A multidão e ignara.
2. A demanda delimitada pelos candidatos, enquanto necessidade do 'outro', ocorre no universo da factibilidade. Os candidatos do PT e do PMDB caminham na mesma ponte mas com camisetas diferente. O dualismo do olhar tucano e pefellista (demo) estão meclados por um vel de fel. O desejo do 'outro' é do outro, por isso é apenas um objeto que subjetivamente utilizo como meio para satisfação do meu desejo - desejo de poder.
3. A negação. No distanciamento entre o lugar social dos candidatos e o olhar ocorre o destinatário do fazer político há uma negação do sujeito e objeto e do objeto, na condição de sujeito, descarta o objeto (sujeito). Objetivamente a negatividade produz uma negação da negação. O ínclito político não percebe objetivamente o outro. A ação social com relação a valores (Weber) subjaz sem sentido e motivos racionais. O antagonismo (implícito) entre os projetos político macros não aparecem devido a negação da negação e tudo se torna um simulacro.
As conexões entre a identidade, demanda e negação dos candidatos prefeituráves nos médios municípios do sul do Brasil ocorrem na dissimulação de poder grupal, efêmero e momentâneo. Por outro lado escondem, inconscientemente, projetos antagônicos de sociedade possível, tal como se expressam os grupos representados nos governos dos estados norte-americanos, aliados e britânico; os dos sul-americanos (Brasil, Argentina, Venezuela, Bolivia, Equador, etc); os europeus, os orientais, russos, etc. A representação política representa interesses de classes, só não percebe quem não quer ver.

domingo, 21 de setembro de 2008

Projeto de sociedade dos candidatos no debate eleitoral


Ciência Política. O debate político nesta campanha eleitoral municipal apontam três vertentes teóricas e de projeto políticos com estratégias específicas: os anarcos, os neocons, e os desenvolvimentistas. Analisando em detalhes os pronunciamentos dos candidatos, tendo como base de amostra os candidatos majoritários de 06 cidades do norte do Paraná(Londrina-Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Cornélio Procópio), acrescido da capital Curitiba, e São Paulo, percebemos o aglutinar de propostas e de reflexões nos debates sobre temas emblemáticos, explicitam projeto de sociedade. Os partidos aglutinam projetos a revelia dos discursos e prédicas, com excessão de alguns camaleões, metamorfoseado ou omminibus.

O projeto dos neo-conservadores condensam no primado da desigualdade natural, o darwinismo social e evolucionismo. A competição, o mercado, a ciência e a tecnologia são instrumentos de manutenção da Ordem na des-ordem natural da relação Capital-Trabalho. Pautar esse tema do capital-trabalho é retirar do cemitério assunto ideológico jaz enterrado, conforme os donos do poder ideológico dominante via 'mass média'.


O projeto dos anarcos advém do modelo de sociedade impossível na ordem do poder dominante, cuja construção opera-se pela destruição. Implicitamente des-constroem sem o poder e na algibeira não tem projeto para reconstruir. O fático cobre o utópico e viceversa. O PSTU e o Psol são expressões de tal crítica.

Os desenvolvimentistas, na pauta do realismo político da sociedade possível sob a luz da sociedade impossível, constroem uma mediação das mediações existenciais dotado de um 'utilitarismo político' que na costura do político com o econômico subjazem o ideológico. No Paraná o governo do Roberto Reguião traduz tal projeto, e a mídia, o judiciário (neocons) cercalizam e travam sua visualização e divulgação de idéias. O PT, o PDT, PCdoB transitam na ponte pela esquerda de que 'um novo mundo é possivel' e nesta mesma ponte o PSDB pela via a direita o novo mundo (Utopia) só é possível sem utopia da igualdade. Vale a pena ler o livro clássico de Franz Hinkelammert 'Crítica à razão utópica', 1983. Amém.