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sábado, 27 de dezembro de 2008
Mudanças na política (Federal) para a política (Estado)
Lula - reconhecimento mundial: tristeza para os 'miopes'.
VEJA A LISTA DOS 50 MAIS PODEROSOS DA NEWSWEEK (revista)
- : Barack Obama
- : Hu Jintao
- : Nicolas Sarkozy
- : Ben Bernanke
- : Jean-Claude Trichet
- : Masaaki Shirakawa
- : Gordon Brown
- : Angela Merkel
- : Vladimir Putin
- : Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud
- : Ayatollah Ali Khamenei
- : Kim Jong Il
- -14: Bill Clinton
- : Hillary Clinton
- :Timothy Geithner
- : Gen. David Petraeus
- : Sonia Gandhi
- : Luiz Inácio Lula da Silva
- : Warren Buffett
- : Gen. Ashfaq Parvez Kayani
- : Nuri al-Maliki
- : Bill Gates23: Melinda Gates24: Nancy Pelosi25: Khalifa bin Zayed Al Nahyan26: Mike Duke27: Rahm Emanuel28: Eric Schmidt29: Jamie Dimon30-31: Amigos de Obama (David Axelrod e Valerie Jarrett)32: Dominique Strauss-Kahn33: Rex Tillerson34: Steve Jobs35: John Lasseter36: Michael Bloomberg37: Papa Bento XVI38: Katsuaki Watanabe39: Rupert Murdoch40: Jeff Bezos41: Shahrukh Khan42: Osama bin Laden43: Hassan Nasrallah44: Dr. Margaret Chan45: Carlos Slim Helú46: The Dalai Lama47: Oprah Winfrey48: Amr Khaled49: E. A. Adeboye50: Jim Rogers
Nâo é verdade??? - Lula no 18º lugar. Como pode?
Fico imaginando o sentimento de Inveja - ( da in-Veja) de FHC: como pode um 'apedeuta' deste ser glorificado? O que estamos fazendo de errado? Somos defensores da metrópole e esta tripudiam-nos.
Lula tem um lote de defeitos, pecadinhos, mas não tem como negar algumas qualidades, e melhorias promovidas para a maioria da população brasileira. Exceto aos miopes.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Direitos Humanos ou humanos direitos? Qual?
Inversão de valores ou valores invertidos.
Aos amigos professores, cuidado!!! ''O risco de sermos 'ventrílogos' de idéias, valores invertidos'' - ingenuamente.
Há um vírus contido nesta mensagem (sutil/subliminar) chamada IDEOLOGIA (ler Antonio Gramsci, Marilena Chauí - O que é Ideologia (1983, p. 45ss), ajuda a entender). Passo a declinar alguns argumentos:
1.Juízo de valor sem juízo de fato: por sentimento e desconhecimento. Algumas pessoas movidos pelos genuinos sentimentos de com-paixão e pelo valor da solidariedade as vítimas da violência praticadas pelos violentados - os que anteriormente sofreram violência, e na insanidade (ação insana, i-racional,movido pelo sentimento de revolta) na falta de valores e limites predicada por pais, família (algumas até 'desestruturada'), professores ingenuamente alienados/sem preparação de educar para a vida real, promovem a exclusão. E numa sociedade que sutilmente contaminada por pre-conceito, movida por ideologia, tal como esta, julga e condena sem conhecer. Não conhece a história de vida - os percalços e desencontros da vida, da crianaça/adolescente e/ou família que na sua maioria são pobres. A distância e a vida destas pessoas são complexas. Há uma multiplicidade de fatores econômicos, educacionais, habitacionais, religiosos, cultural, e político.
2. Culpabilização da vítima: quem é responsável? Você leitor tem responsabilidade com tal fato do adolescente infrator? Segundo o preceito constitucional, art. 5º da Constituição/1985 e o art. 4ª do ECA (lei nº 6.069/90, 'é dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público tornar efetivo o direito'. A responsabilidade é sempre do outro. Culpar a vítima é um mecanismo da ideologia. Inverter o processo. Ex: a mulher vitimada pela violência machista, quando deixa de denunciar, o carimbo de 'mulher de malandro, que gosta de apanhar' - predianunciado por membros do gênero, mulheres. A vítima é culpada e o causador é a vítima. Tal entendimento expressa carência de pensamento da lógica aristotélica em relacionar o particular com o universal, ou confundir árvore com floresta. A questão fundamental não reduzir o problema a busca do culpado. A família(particular) tem culpa mas é necessário associa-la com a responsabilidade não assumida de outros autores (o Estado que não cumpre o seu papel na edição de políticas públicas; o cidadão que vota/não vota irresponsavelmente - como ser passivo; os comerciantes, associações, profissionais liberais dotados de conhecimento/informação que preocupa com seus interesses particulares, e outros). Culpar só a família e não associar com a estrutura da sociedade capitalista nas suas relações de produção é miopia cultural. Isso não significa que a família não tem parcela de culpa´
3. O fraco não pode ter defesa, não tem direito, pois não é ser humano. Tal conceito é formado na cultura patrimonialista, em que o 'Outro/diferente' é uma mísera mercadoria/patrimônio, inferior, desigual. Se o ditador/déspota tem direito, o 'outro/infrator' é menor, inferior e por isso não tem direito. Pois se tiver direito é igual ao ditador. A igualdade de direito é muito perigosa, é risco de poder. por isso o horror, a ojeriza contra os pobres e os movimentos antisistema - vide as idéias divulgada na mídia sobre o Movimento dos Sem Terra. As pessoas não conhecem o MST mas são contra a ação do movimento, conforme a visão da Veja, Globo e outros colaboradores dos interesses das empresas Bradesco, Sigenta, Globo, Votorantim e outras. Você, defensor da ideologia predicada, está defendendo, ingenuamente, os interesses desses grandes grupos econômicos? Você nao existe para elas.
4. As entidades, da sociedade civil, de defesa dos direitos humanos. Por que estas defendem o 'ladrão' e não a 'vítima'? Porque o Estado nao cumpre com os seus deveres na defesa dos direitos: a)- da vítima - ter acesso e restituição dos direitos violados e sentir que o Estado fez o infrator pagar as penas pelos crimes de descumprimento do contrato social, conforme preceito legal (investigação - julgamento - condenação/liberação). Um dos preceitos do Contrato Social - Constituição - é que toda pessoa deve ser tratada como pessoa humana (e não um animal) dotado de direitos. Hoje, a vítima tem mais espaço institucional de defesa de direitos, em organismo do Estado (Defensoria Pública, Justiça, Ministério Público)OAB e outros para exigir os direitos, e os infratores sofre a negligência do Estado, vide o sistema penitenciário, política de educação/tratamento/internamento do adolescente infrator. Diz o post, 'Direitos humanos para humanos direitos', digo para o banqueiro Daniel Dantas, acusado de corrupção em milhões do cofre público, e que recebeu dois habeas corpus do STF, contestado por centenas de entidades e autoridades, este será que é um humano direito? A desigualdade deve ser aceita, natural, conforme o déspota, e os que discordarem devem ser eliminados físico e socialmente da sociedade.
Em suma, uma mãe acusa a outra mãe, impultando-a não requerer direito, e observe a diferença no perfil sócio-econômico descrito da primeira e segunda. É um olhar de classe, e as idéias são da classe dominante - de cima, e por serem minorias, necessitam de apoio dos representantes das outras classes, e sequestram o pensamento pelo sentimento - com-paixão, e os argumentos, inicialmente transparente lógico, mas os que aprenderam o método cartesiano, duvidar de tudo, percebem que tais argumentos são ilógicos. Há um interesse notório da classe dominante: ampliar a passividade dos membros de classes pela desigualdade, culpabilização da vítima pela vítima, exclusão social com darwinismo social, levando a eliminação física dos elementos que discordarem de tal política (o professor na escola, o policial na rua, traficante com usuário/consumidor de droga.
Concluindo, a ideologia quer imputar que não tem solução. Querem matar o futuro, que as pessoas não tenha esperança, e lute para mudar o presente e conquistar o futuro. No livro bíblico aponta o Paraíso Terrestre (Genesis 1-3), como esperança e exige a ação humana.
texto: Anonimo - divulgado entre professores.
Reenviando conforme pedido ...
INVERSÃO DE VALORES- CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA> MÃE(VERÍDICO)> > Assunto: Inversão de valores*Carta enviada de uma mãe> para outra mãe em SP, após noticiário na tv:De mãe para> mãe...'Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de> televisão contra a transferência do seu filho, menor> infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para> outra dependência da FEBEM no interior do Estado.Vi você> se queixando da distância que agora a separa do seu filho,> das dificuldades e das despesas que passou a ter para> visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes> daquela transferência.Vi também toda a cobertura que a> mídia deu para o fato, assim como vi que não só você,> mas igualmente outras mães na mesma situação que você,> contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e> Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...Eu> também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu> protesto.Quero com ele fazer coro.Enorme é a distância que> me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco,> idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para> visitá-lo.Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos> domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para> auxiliar no sustento e educação do resto da> família.Felizmente conto com o meu inseparável> companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de> amigo e conselheiro espiritual.Se você ainda não sabe, sou> a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num> assalto a uma vídeo locadora, onde ele, meu filho,> trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.No> próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando> e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu> e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério> da periferia de São Paulo...Ah! Ia me esquecendo: e também> ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila,> viu? que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu> querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.No> cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum> representante destas 'Entidades' que tanto lhe> confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me> indicar 'Os meus direitos' !'Faça circular este> manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta (falta de> vergonha na cara)inversão de valores que assola o> Brasil.Direitos humanos são para humanos direitos !!!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
A utopia - e o Socialismo do século XXI
*Adital -
Introdução
O socialismo é um projeto, antes de ser um conceito. Por essa razão, é necessário abordar o conteúdo como passo preliminar para a utilização da palavra. De fato, o que é o socialismo hoje? Trata-se do stalinismo, do maoísmo, de Pol Pot, da social-democracia, da terceira via? Estamos ante a plena ambigüidade, o que exige um novo quadro de reflexão.No entanto, há uma grande urgência frente à destruição social e ambiental provocada pelo modelo econômico contemporâneo. A hegemonia global do capitalismo, em sua forma neoliberal, não somente foi edificada sobre novas bases materiais (as tecnologias da informação e da comunicação), mas também permitiu universalizar a subordinação do trabalho al capital ("subsunção", segundo Carlos Marx). Atualmente, não somente se trata de uma subordinação real, isto é, dentro do processo mesmo de produção, a través do salário, mas também formal, ou seja, por meios financeiros (preços das matérias primas e dos produtos agrícolas, dívida externa, paraísos fiscais, fiscalização interna que promove a riqueza individual) ew por meios jurídicos (normas das organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio).Este último tipo de subordinação afeta a todos os grupos humanos tanto pela destruição ambiental como pela submissão à lei do valor. Hoje em dia, os povos indígenas estão afetados em sua possibilidade de sobrevivência pela exploração dos bosques ou pela destruição da biodiversidade; os pequenos camponeses são as primeiras vítimas da privatização da saúde, da água, da eletricidade; os pequenos camponeses são deslocados pelas empresas transnacionais do agronegócio. De fato, a vida da humanidade em seu conjunto está sendo agredida. As conseqüências para a sociedade são profundas porque esse processo agudiza as contradições dentro de todas as relações entre indivíduos, não somente pela desigualdade econômica e social crescente, mas pelo aumento dos conflitos de gênero, de raças ou de castas. Por essas razões, o projeto deve começar por uma deslegitimação clara e radical do capitalismo, em sua lógica mesma e em seus aspectos concretos em cada sociedade. A consciência de que não se pode humanizar o capitalismo constitui a base de um novo projeto concreto. A esse propósito, podemos propor níveis de reflexão: o nível da utopia (que sociedade queremos?), os meios e, finalmente, as estratégias. Trataremos de aplicar esses três níveis aos vários componentes da realidade humana: ecológicos, econômicos, políticos e culturais e de propor, de maneira muito sintética, uma série de hipóteses como base de discussão.1. Os objetivos ou a utopiaQue sociedade queremos? Essa pergunta pode parecer muito geral, um conjunto de idéias abstratas, um sonho. Porém, não seríamos seres humanos se suprimíssemos a capacidade de sonhar. Queremos viver em uma sociedade humana de cooperação e de paz. Isso significa que não queremos viver em um mundo de pura competitividade e de agressão. Desde seu início, tal perspectiva introduz uma contradição com a sociedade neoliberal. Para definir de maneira mais concreta o que podemos chamar a utopia, pode-se distinguir quatro objetivos ou princípios, segundo as já citadas dimensões ecológica, econômica, política e cultural.1) Prioridade de uma utilização renovável dos recursos naturaisExiste uma simbiose entre a natureza e o ser humano. A natureza é fonte é fonte de vida (a pachamama, terra-mãe, como dizem os povos indígenas da América do Sul). Não se pode agredi-la, nem destruí-la sem atentar contra a vida humana. A natureza não pode ser explorada em função de uma racionalidade puramente instrumental, característica do tipo de modernidade vinculada econômica e culturalmente com o capitalismo. Isso resultaria na destruição progressiva da natureza. O "grito da terra", como escreve Leonardo Boff, chama-se desertificação, deterioro do clima, gripe aviar, AIDS...Esse princípio da prioridade da utilização renovável significa o rechaço a modos de produção e de atividades que destroem de maneira irreversível o ambiente natural. O uso de recursos não renováveis será o objetivo de uma gestão coletiva, assegurando sua racionalidade. No entanto, esse princípio é somente uma parte da realidade e deve entrar em2) Predomínio do valor de uso sobre o valor de trocaEssa distinção, feita por Carlos Marx, é útil para pensar o futuro. O valor de uso é o que contribui para a qualidade da vida humana em todas suas dimensões. O valor de troca é o mercado, que tem uma função subordinada ao valor de uso. No entanto, na lógica do capitalismo, o mercado domina hoje não somente a atividade econômica, mas também toda a organização coletiva da vida humana. Para o capitalismo, não existe valor econômico se o trabalho, os bens e os serviços não se transformam em mercadorias. É o que se chama a imposição da lei do valor que, segundo Franz Hinkelammert, significa o fim do sujeito. Os seres humanos estão submetidos a essa lei que invadiu a realidade social submetendo a humanidade em sua totalidade à lógica do capitalismo. É por isso que Karl Polanyi, economista estadunidense historiador do capitalismo, conclui que é necessário reinserir a economia na sociedade.3) Participação democrática em todos os setores da vida coletiva. A participação democrática, isto é, o poder de decisão do sujeito humano, pode ser limitado ao setor político. Nesse sentido, pode-se dizer que toda a realidade é política, começando pela economia. O princípio da participação democrática tem que ser aplicado a todos os níveis da vida humana coletiva, do local ao global.4) Interculturalidade. Todas as culturas participam na vida cultural e espiritual da humanidade. Nenhuma delas pode ser eliminada ou marginalizada. Isso inclui todas as expressões culturais, o direito, a ciência, as religiões e as espiritualidades. As transformações que derivam de intercâmbios, de enriquecimento mutuo são bem-vindas porque a cultura não é estática.Sobre a base dos quatro princípios expostos propõe-se o problema dos meios.2. Os meiosNão basta afirmar princípios. Construir outra sociedade significa aplicar meios para que eles possam tornar-se realidade.1) A relação com a naturezaPara levar a cabo o primeiro princípio de predomínio de uma utilização renovável podemos propor três meios principais. O primeiro é a apropriação pública dos recursos naturais essenciais para a vida, como a água, as sementes, o ar. Esses recursos constituem o "patrimônio da humanidade" e devem escapar da lei do valor, tal como está definida pelo sistema econômico capitalista.A revalorização da agricultura camponesa é outro meio necessário. Trata-se de lutar contra a concretização produtivista da terra ou dos produtos agrícolas em mãos de empresas transnacionais que destroem a natureza, sem falar dos desastres sociais e de promover uma agricultura orgânica. Em terceiro lugar, a tarefa fundamental de regeneração da atmosfera, dos solos, das águas e, finalmente, do clima.2) O predomínio do valor de uso sobre o valor de trocaExistem vários meios para esse predomínio em específico. Somente queremos assinalar alguns deles:- Promover a produção orientada à maioria das populações com a utilização de instrumentos públicos, o que se opõe ao modelo de desenvolvimento atual, que favorece um crescimento econômico espetacular de somente 20% da população. Isso é a conseqüência da lógica do capitalismo, que necessita gerar fortes poderes de compra de uma minoria para absorver uma produção sofisticada, contribuindo para a acumulação do capital.- A introdução de elementos qualitativos no cálculo econômico, como o bem-estar (a qualidade de vida), o entorno ecológico, a segurança alimentar. As decisões serão muito diferentes se forem considerados esses elementos nos cálculos dos custos de produção e de intercâmbio.- Limitar a influência do capital financeiro mediante um imposto sobre os fluxos internacionais, a abolição dos paraísos fiscais e do segredo bancário e a supressão da dívida externa dos povos do Sul.- Abolição das patentes em sua forma atual e adaptação do direito de autor para evitar o monopólio das transnacionais.- Revalorização da empresa como lugar de trabalho comum com fins sociais e não como fonte de riqueza para os acionistas.- Reconhecimento e valorização dos empregos não reconhecidos (mulheres no lar) ou desvalorizados (serviço social, serviço de saúde) e criação de empregos para setores qualitativos de interesse coletivo (melhoramento da qualidade de vida, serviços pessoais etc).- Constituição de um seguro social generalizado sob controle público.- Revalorização do serviço público como serviço à coletividade e não como atenção a "clientes".3) O princípio da democraciaA democracia não é somente um fim, mas também um meio. Nesse sentido, deve-se estender a democracia representativa a todos os níveis da atividade coletiva, incluindo oi setor econômico. No entanto, necessita-se também a promoção da democracia participativa ou direta como incremento do controle popular nos mesmos setores. Não se trata da dimensão territorial (povoados, bairros, aldeias), mas também das empresas e das administrações.4) O princípio da interculturalidadeOs meios nesse setor são também diversos, com prioridade ao seguinte:-Afirmar e concretizar o direito dos povos frente ao direito dos negócios, o que significa uma mudança fundamental da filosofia dos organismos internacionais, financeiros e comerciais.- Proteção das culturas por medidas adequadas nos diversos setores de suas expressões.- Socialização dos resultados da ciência, sem monopólio industrial ou particular.- Afirmação da laicidade do Estado, como base do diálogo filosófico e espiritual e do ecumenismo.3. As estratégiasPara poder aplicar os meios suscetíveis de concretizar os princípios, há vários níveis de estratégias.- Deslegitimar o capitalismo como expressão de uma modernidade desumanizante, o que significa a utilização de todos os espaços possíveis para o desenvolvimento de um pensamento crítico nos setores da economia, da ecologia, da política e da cultura. Nesse sentido, os fóruns sociais têm cumprido um papel importante: o desenvolvimento progressivo de uma consciência coletiva.- Acelerar a criação de atores coletivos em nível global através de redes de resistência (um exemplo é a Via Campesina).- Renovar o campo político da esquerda, com a convergência de várias organizações políticas (não se pode pensar em um partido único detentor de toda a verdade) e a centralidade da ética nas práticas políticas.- Promover a emergência de um novo sujeito histórico, que não estará somente construído pelos trabalhadores assalariados, mas por todos os grupos atingidos em sua vida pelo sistema capitalista: pequenos camponeses, mulheres, povos autóctones etc.- Buscar a centralidade da ética como atitude coletiva e individual, em coerência com a utopia, o que implica uma institucionalizaçã o dos processos sociais e políticos como base dos comportamentos individuais e uma redefinição permanente dos aspectos concretos da ética, com a contribuição de todos.Podemos concluir que se isso é o que chamamos de socialismo, trata-se de um projeto profético e construtor, capaz de contradizer a "barbaridade" e de traduzir em um projeto pós-capitalista a defesa da dignidade humana e do amor ao próximo.[Colombia Plural/Inestco.Tradução: ADITAL]*
Sociólogo e teólogo. Tem mais de quarenta livros publicados, entre eles: Sociología da religião e Mercado e religião
domingo, 21 de dezembro de 2008
A Igreja e homofobia: calendário dos padres e o pecado
O Vaticano divulgou um calendário de 2009 com imagens de padres italianos. Vários blogs e jornais comentaram tal publicidade como fora de propósito de um Estado - O Vaticano. As críticas cheiram o pre-conceito de pedofilia e homossexualismo no quadros da Igreja.
"Jovens do Vaticano posam para calendário"
Os bombeiros espanhóis posaram para um calendário, os jogadores de rúgbi e futebol de diversos países, mas se você pensa que só atletas e oficiais instigam o pecado, você errou. O Vaticano lançou um calendário com doze de seus jovens padres. A novidade já tem tradição, as primeiras folhinhas com as fotos dos religiosos foram publicadas em 2003. Segundo a Igreja, o objetivo da publicação é levar informações sobre o Vaticano para a população e não instigar quaisquer tipos de desejos pecaminosos. As fotos podem ser compradas em bancas de jornal nos arredores de Roma ou pela internet.Embora as justificativas da Santa Sé insistam em priorizar a informação, a seleção dos padres não é por seu desempenho intelectual e, sim, por sua beleza.
http://onne.com.br/conteudo/206840/calendario-de-padres
Comentário: joaquim
Li os comentários sobre as fotos do calendário, em sua maioria mulheres, e expressam uma visão dualista e platônica. A beleza e o belo induz a luxúria, o hedonismo,e ao pecado por isso é mal, por outro lado o feio, induz a abstinência, ascese, epicurismo, conduzindo ao bem e a Deus. A partir do conceito ocidental branco,europeu de belo reduz o religioso com tal estética como prócere de do 'incubus'. Na teoria do laxismo - o prazer provocado pelo belo, inerente a sua essência, é fugaz e parte dos limites e tolerância de Deus sobre a incompletude, e finitude do ser humano. E dizem 'vai, comete o pecado, Deus te perdoa'.
To Be ou no to be Professor
A todos a minha mensagem de final de ano.
SER PROFESSOR
Hoje senti uma melancolia, uma falta de sentir que falta pouco tempo para chegar segunda-feira e pouco tempo para preparar a aula. Falta daquela pressão no peito pela obrigação de preparar uma boa aula em pouco tempo, pois a segunda-feira vem em ritmo acelerado, então lembrei, é semana do natal, mas por que senti falta disso, durante o ano aguardei ansiosamente por esta folga. Após alguns instantes entendi, eu não estou professor eu sou professor, coisa que para os burocratas capitalistas e aventureiros do ensino soa como um absurdo. Ser professor é um “estado de espírito” e exige dedicação integral, professor é professor também nas férias quando encontra um aluno ou outro professor, para professor passear no shopping e não passar horas na livraria é tempo perdido, gastar muito em livros é investimento e lazer. Professor é uma das poucas profissões que exigem dedicação em tempo integral por isso que muitos tentam, mas, poucos permanecem nesta profissão, entendo a carreira do professor como um sacerdócio e a essência da arte. Professor é professor, pai e mãe, educador, conselheiro, às vezes até polícia, é o equilíbrio entre o capitalismo selvagem e a ética e bom senso. Enquanto a maioria dos demais profissionais curte o natal despreocupadamente, o professor está pensativo e em dúvida se vai ter aulas suficientes no próximo ano para sustentar sua família. Infelizmente, este profissional tão massacrado por interesses que nada tem a ver com a missão nobre de ensinar, com salário que na maioria das vezes é injusto, exigem um trabalho com qualidade, mas na verdade querem pagar apenas por uma presença física e o esquema “embromação”, então, não entendem como apesar disso o mestre se supera numa sala de aula, brilha, é amado e admirado, enquanto os burocratas do ensino são ignorados, a partir deste ponto de vista entende-se seus atos, às vezes irracionais, burros, vingativos e absurdos. Inúmeras vezes senti vontade de largar tudo, já o fiz duas vezes, mas a sala de aula é uma experiência indescritível para quem sabe o significado da palavra “mestre” e sempre voltei, cada vez mais feliz que antes. Invejem-me sou professor sim com todo orgulho do mundo e isto não é para quem quer, mas para quem tem o dom.
Professor Adalberto Brandalize
Rua Paranapanema, 188, 86025-330, Londrina-PR
(43)3337.9676 e 9944.9790, Rg. 959748-4
Comentário: joaquim
Tenho espasmo de prazer quando venho um ex-aluno com destaque em uma ocupação: professor, administrador, comércio, indústria, serviços, serviço público, parlamentar, e que conseguiu alcançar os objetivos propostos e está atuando com ética. Sinto uma parte de mim no seu fazer. Aquela pessoa é um mosaico e visualizo a minha contribuição. Fico triste quando pego um aluno 'colando' - com o sentimento de incompetência, não consegui transmitir valores. Amém.