Ciência Política. O debate político nesta campanha eleitoral municipal apontam três vertentes teóricas e de projeto políticos com estratégias específicas: os anarcos, os neocons, e os desenvolvimentistas. Analisando em detalhes os pronunciamentos dos candidatos, tendo como base de amostra os candidatos majoritários de 06 cidades do norte do Paraná(Londrina-Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Cornélio Procópio), acrescido da capital Curitiba, e São Paulo, percebemos o aglutinar de propostas e de reflexões nos debates sobre temas emblemáticos, explicitam projeto de sociedade. Os partidos aglutinam projetos a revelia dos discursos e prédicas, com excessão de alguns camaleões, metamorfoseado ou omminibus.
O projeto dos neo-conservadores condensam no primado da desigualdade natural, o darwinismo social e evolucionismo. A competição, o mercado, a ciência e a tecnologia são instrumentos de manutenção da Ordem na des-ordem natural da relação Capital-Trabalho. Pautar esse tema do capital-trabalho é retirar do cemitério assunto ideológico jaz enterrado, conforme os donos do poder ideológico dominante via 'mass média'.
O projeto dos anarcos advém do modelo de sociedade impossível na ordem do poder dominante, cuja construção opera-se pela destruição. Implicitamente des-constroem sem o poder e na algibeira não tem projeto para reconstruir. O fático cobre o utópico e viceversa. O PSTU e o Psol são expressões de tal crítica.
Os desenvolvimentistas, na pauta do realismo político da sociedade possível sob a luz da sociedade impossível, constroem uma mediação das mediações existenciais dotado de um 'utilitarismo político' que na costura do político com o econômico subjazem o ideológico. No Paraná o governo do Roberto Reguião traduz tal projeto, e a mídia, o judiciário (neocons) cercalizam e travam sua visualização e divulgação de idéias. O PT, o PDT, PCdoB transitam na ponte pela esquerda de que 'um novo mundo é possivel' e nesta mesma ponte o PSDB pela via a direita o novo mundo (Utopia) só é possível sem utopia da igualdade. Vale a pena ler o livro clássico de Franz Hinkelammert 'Crítica à razão utópica', 1983. Amém.
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