Rock in Rio - 2011 - Beatriz e amigos
No Carnaval (2012), em uma
chácara de lazer, festejei e descansei com filhos, sobrinhos e seus amigos, em
sua maioria adeptos da música metal. O grupo composto por mais de 10 jovens (a
maioria com tatuagens, des-colado, roupas com cores predominante o preto,
alguns universitários nas diversas áreas e outros evadidos da escola) cujo papo
rolou solto sobre concepção de mundo, sentido e sabores da vida. Para chamar
(pro-vocare, vocare=chamar) a atenção provoquei: ‘a maioria dos metais tem
rejeição por músicas clássica ou sertaneja de raízes’. Retrucaram, ‘quais são
as evidências para tal afirmação?’ Outra rebateu, ‘eu não sou preconceituosa’.
Respondi, a premissa é afirmativa particular (a ‘maioria’ e não universal
‘todos’. A origem de tal afirmação advém da experiência reflexiva e discursos
entre outras pessoas de gosto musical pelo ritmo metal. Entre pro-vocação,
bate, rebate, réplica e tréplica, firmou o debate dialogal. Em suma,
consensuamos que a premissa é verdadeira. Declinei que os fundamentos teórico
do pensamento dos metaleiros advém do anarquismo, que significa ‘anarkhos’, sem
governantes, isto é, uma filosofia política cuja teoria e ação objetiva a
eliminação de todas a formas de governos compulsórios e ordem hierárquica. A anarquia rejeita toda forma de coerção,
mas não significa ausência de ordem, ou apologia ao caos. Há uma diversidade de
vertentes do pensamento anarquista. O elemento que os une é a ‘crença que a autoridade
e a dominação em todas as suas formas são desnecessárias e perniciosas para a
vida social.
O olhar de outra corrente de
pensamento para o anarquismo é que esta não tem um projeto formal de sociedade.
É contra (ya gobierno, yo so contra) sem proposição alternativa. Suas bandeiras
de lutas são a emancipação, contra a opressão sexual, defesa do verde,
desobediência civil e outros. Seus principais expoentes são Bakunin, Mahatma
Ghandi.
Os jovens, em primeira mão, não
auto-identificaram com o anarquismo. Em uma é saboroso discutir e aprender com
jovens inteligentes.
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