Leia o post do blog ÁguaVerde sobre o roubo no Banestado no governo Lerner. O governo Beto Richa é continuidade de tal política neoliberal.
O roubo de 19 bilhões do povo paranaense |
Escrito por Redação |
Ter, 17 de Julho de 2012 17:58 |
Neste artigo vamos recordar o roubo de 19 bilhões de reais dos cofres públicos do Paraná com a “quebra” do Banestado, durante o governo Jaime Lerner.
Todos se lembram que na época o Banestado era um dos bancos mais fortes e promissores do país, com 70 anos de trabalho financiando o progresso do nosso Estado. A “quebra” do Banestado foi um processo rápido, durante uma gestão do governo Lerner, e serviu para enriquecer quadrilhas organizadas e políticos de dentro e de fora do banco. O Banestado foi quebrado numa espécie de “queima de arquivo” para esconder falcatruas e roubalheiras com o dinheiro público. Doleiros presos nos anos que se seguiram confessaram que entregavam dinheiro vivo, fruto da roubalheira, ao ex-governador e deputados da sua base de apoio na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná. Este caso precisa ser relembrado porque não foi devidamente tratado pela chamada “grande” imprensa, que em parte se beneficiou com a roubalheira através de valores milionários gastos pelo banco em publicidade. Os dados aqui transcritos foram publicados no livro “Histórias sobre Corrupção e Ganância” do corajoso jornalista Wilson J. Gasino, baseado na CPI do Banestado instalada na Assembléia Legislativa sob a presidência do deputado Neivo Beraldin. Portanto, os fatos aqui publicados são reais, fruto de mais de seis meses de pesquisas na documentação levantada pela CPI. Os paranaenses precisam saber desses fatos porque estão pagando a conta, até o ano de 2029. Dinheiro roubado que faz falta na construção de presídios (contratação de policiais) escolas, universidades, postos de saúde etc., está sendo usado para pagar o maior roubo da história do Paraná. E os ladrões – na maioria políticos - estão impunes, gastando o dinheiro roubado, rindo do povo paranaense e da Justiça, de quem roubaram essa grande fortuna. Todo político corrupto sabe que uma das formas mais usadas para roubar dinheiro público é através da propaganda e publicidade. Algumas agências de propaganda se transformaram em “laranjas” de prefeitos, vereadores e governadores nas últimas décadas, porque é muito difícil determinar os custos das diferentes etapas de produção de material publicitário. Um anúncio em grande jornal, no formato de uma página, pode custar, apenas na produção, R$ 500,00 ou R$ 50.000,00, dependendo dos acertos entre os envolvidos no negócio. A agência Heads, uma das principais agências de propaganda no governo Lerner, tinha como responsável pelas contas do governo, nada mais nada menos que o próprio genro do governador, Cláudio Hoffmann. A partir de 1998 os gastos com propaganda e publicidade do Banestado dispararam. O Banestado gastava verdadeiras fortunas, muito mais que o Banespa (Banco do Estado de São Paulo), Banrisul, Banco do Estado do Rio Grande do Sul) entre outros. Na época foram indiciados, entre outros, o ex-secretário estadual de Comunicação Social Jaime Lechinski, o ex-presidente do Banestado Manoel Garcia Cid e o ex-assessor de comunicação social da presidência do banco, José Schlapak. A ação pedia como medida liminar a indisponibilidade dos bens dos quatro réus, no que foi atendida pela juíza Josély Dittrich Ribas, da 3ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas de Curitiba, no dia 29 de dezembro de 2003. Essa decisão se deu logo após o encerramento dos trabalhos da CPI do Banestado, cujo trabalho foi citado pelo Ministério Público no texto da propositura da ação. O texto trazia detalhadamente uma série de irregularidades na condução dos gastos com publicidade do Banestado, mostrava o uso político dos recursos, a irresponsabilidade diante do problema de caixa do banco e o repasse de valores muito acima do cabível para fornecedores. Através de documentos e de depoimentos de ex-funcionários do Banestado que confirmaram esses abusos, o MP chegou a um valor de R$ 16.666.690,23 (à época) de prejuízos causados aos cofres do banco”. A roubalheira no Banestado não parou por aí. O banco foi vendido ao Itaú, mas a dívida, o prejuízo, ficou para o povo paranaense, que vai pagar até 2029, e o Itaú ficou só com a parte boa. E por falar em roubalheira do dinheiro público, porque os deputados envolvidos na roubalheira da Assembleia Legislativa do Paraná não estão presos? |
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