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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Críticas a Enciclica do papa: Salvo pela Esperança (2007)

Acabei de ler a carta encíclica do Papa Bento XVII - SPE SALVI -(Salvos pela esperança) editada em novembro p.p. É um apontamento sobre a busca do sentido e razão da fé, donde o homem não é mais guiado pela razão, pela ciência, pelas leis na natureza, da causalidade da matéria, do universo, mais sim guiado por Deus. É redenção do sofrimento, do abandono. Critica Karl Marx, Francis Bacon que depositou esperança na ação do homem na história, na ação política. 'Este caminho é do desterro, sofrimento, quem encontrou o caminho, guiado pela esperança, passará para o novo mundo. Levar luz para um mundo sem esperança.
O papa escreve a carta tendo como ponto de partida o problema do existencialismo personalista de E. Monier, e sugere atitude como hypostole (Carta aos Hebreus, 10,39) como paciência. Conclui a obra apontado práticas de esperança: oração ('primeiro e essencial lugar de aprendizagem da esperança); ação; o sofrimento ou sacrifício; e o Juízo Final.
Contrapoe a esperança comunitária com a individual (privada). A salvação comunitária, segundo Bento XVI, é resultado do salvo (homem com vida bem aventurada-feliz). A metodologia é: cuidar, cada homem salvar a sua alma (lembram das missões com aquelas cruzes e os dizeres: 'salve a tua alma') e na somatória teremos uma sociedade salva com os espírito de Deus.
O método de escrita teológica, diferentemente dos teólogos do Cristianismo da Libertação, parte da duvida teológica, fundamenta na Bíblia, nos documentos da tradição da Igreja e retoma a conclusão. Os problemas existenciais, da vida material do homem são apenas aporte para justificar a dúvida teológica e alinhavar a conclusão.
Se - Spe Salvi facti sumus - é na esperança que fomos salvos, conforme São Paulo aos romanos(Rm 8,24) na carta aos Romanos, exclui a luta por libertação. O principal problema para o papa, na atualidade é o ateismo, (pode ser para a Europa) mas o grande maioria do mundo é a fome, a miséria e dominação política, economica e ideológica. Orar e ter paciência é reforçar os argumentos dos críticos da religião 'como o ópio do povo', povo que passa fome e classe média ingenua-iluminista.

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