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domingo, 23 de janeiro de 2011

O futuro com o pé no presente



Tenho medo do apressamento do futuro. Por vezes, a trave nos olhos dificulta a leitura objetiva da realidade. Corre o risco de simplificações. A realidade é complexa, pois os fios que a tecem, as relações sociais interpostas, são múltiplos. As premissas do filósofo Paulo Arantes são generalistas ao afirmar (2010) – as esquerdas não tem perspectivas de futuro. É preciso conceituar esquerdas-direitas, projeto político. Beber na fonte do velho filósofo italiano, Antonio Gramsci [hegemonia, jogo de movimento, sociedade civil, Estado, estratégia e tática] e suas análises referendados no marxismo são energias, luzes que iluminam a razão para o entendimento do real. No PT e no PSOL tem três grupos de leitura da relação Capital-Trabalho na construção de um projeto possível de sociedade: os otimistas ingênuos; os pessimistas ingênuos; e os otimistas críticos; os crentes na ruptura, os conciliatórios/estratégistas, e os contratualistas. As estratégias dos evangelizadores das primeiras comunidades cristã de expansão (Paulo, Cartas aos Hebreus) foram de tornar-se gregos com os gregos, pagão com os pagãos, brasileiro com os brasileiros. Será que temos força para fazer mudanças radicais? O que é Reforma e Revolução e quais os seus conteúdos e táticas-estratégia? Como tornar possível o impossível?“A melhor maneira que a gente tem de fazer possível alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer”, afirmou o mestre Paulo Freire. Sonho com o socialismo.

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