Visualizações de página do mês passado

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mulheres, saúde e libertação: é luta das mulheres



SAÚDE. Nesta, fui acompanhar a companheira de 25 anos de convívio a uma Clínica da Mulher para uma bateria de exames médicos. Enquanto aguardava a operacionalização dos 08 exames re-lia o livro de Enrique Dussel, Filosofia da Libertação, Loyola, 1982. Por ser uma empresa particular prestadora de serviço de saúde o atendimento foi rápido: acesso as 09:00 e saídas 09:45 da manhã. Quando em uma Unidade Pública realizar-se-á 08 exames complexos em 45 minutos? Pensei. Respondi - é possível desde que a luta de classe e as contradições venham a irrupção. A luta é política.
Observo muitas mulheres sendo atendidas, expressão das classes B e C. Fico feliz pois vejo a classe C com acesso a tal serviço de qualidade. Mas o serviço público pode e tem condições de prestar tal serviço. A demanda pelo serviço de saúde cresce na proporção que o capital necessita de mão-de-obra qualificada e em melhores condições físicas para a extração da mais-valia. As mulheres são maioria no Brasil (f:48,9% x m:51,04%)conforme Censo 2010. No início da década de 80 Marta Suplicy, Xenia Bier e Clodovil foram protagonistas no Programa da Mulher (Rede Globo) inculcando e a participação da mulher no mercado de trabalho, e hoje continua a diferença de 33,3% no salário na proporção com os rendimentos masculinos. Na Russia na década de 90 as mulheres abandonaram o mercado de trabalho e retornaram ao universo doméstico para cuidar dos filhos. O machismo e o uxoricídio continua como discriminação e preconceito na relação de gênero. A libertação das mulheres é uma luta da mulheres e não dos homens dominadores. Os homens devem apoia-las, na nova dimensão altero-mundista - um outro mundo é possível.

Nenhum comentário: