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sábado, 27 de dezembro de 2008
Mudanças na política (Federal) para a política (Estado)
Lula - reconhecimento mundial: tristeza para os 'miopes'.
VEJA A LISTA DOS 50 MAIS PODEROSOS DA NEWSWEEK (revista)
- : Barack Obama
- : Hu Jintao
- : Nicolas Sarkozy
- : Ben Bernanke
- : Jean-Claude Trichet
- : Masaaki Shirakawa
- : Gordon Brown
- : Angela Merkel
- : Vladimir Putin
- : Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud
- : Ayatollah Ali Khamenei
- : Kim Jong Il
- -14: Bill Clinton
- : Hillary Clinton
- :Timothy Geithner
- : Gen. David Petraeus
- : Sonia Gandhi
- : Luiz Inácio Lula da Silva
- : Warren Buffett
- : Gen. Ashfaq Parvez Kayani
- : Nuri al-Maliki
- : Bill Gates23: Melinda Gates24: Nancy Pelosi25: Khalifa bin Zayed Al Nahyan26: Mike Duke27: Rahm Emanuel28: Eric Schmidt29: Jamie Dimon30-31: Amigos de Obama (David Axelrod e Valerie Jarrett)32: Dominique Strauss-Kahn33: Rex Tillerson34: Steve Jobs35: John Lasseter36: Michael Bloomberg37: Papa Bento XVI38: Katsuaki Watanabe39: Rupert Murdoch40: Jeff Bezos41: Shahrukh Khan42: Osama bin Laden43: Hassan Nasrallah44: Dr. Margaret Chan45: Carlos Slim Helú46: The Dalai Lama47: Oprah Winfrey48: Amr Khaled49: E. A. Adeboye50: Jim Rogers
Nâo é verdade??? - Lula no 18º lugar. Como pode?
Fico imaginando o sentimento de Inveja - ( da in-Veja) de FHC: como pode um 'apedeuta' deste ser glorificado? O que estamos fazendo de errado? Somos defensores da metrópole e esta tripudiam-nos.
Lula tem um lote de defeitos, pecadinhos, mas não tem como negar algumas qualidades, e melhorias promovidas para a maioria da população brasileira. Exceto aos miopes.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Direitos Humanos ou humanos direitos? Qual?
Inversão de valores ou valores invertidos.
Aos amigos professores, cuidado!!! ''O risco de sermos 'ventrílogos' de idéias, valores invertidos'' - ingenuamente.
Há um vírus contido nesta mensagem (sutil/subliminar) chamada IDEOLOGIA (ler Antonio Gramsci, Marilena Chauí - O que é Ideologia (1983, p. 45ss), ajuda a entender). Passo a declinar alguns argumentos:
1.Juízo de valor sem juízo de fato: por sentimento e desconhecimento. Algumas pessoas movidos pelos genuinos sentimentos de com-paixão e pelo valor da solidariedade as vítimas da violência praticadas pelos violentados - os que anteriormente sofreram violência, e na insanidade (ação insana, i-racional,movido pelo sentimento de revolta) na falta de valores e limites predicada por pais, família (algumas até 'desestruturada'), professores ingenuamente alienados/sem preparação de educar para a vida real, promovem a exclusão. E numa sociedade que sutilmente contaminada por pre-conceito, movida por ideologia, tal como esta, julga e condena sem conhecer. Não conhece a história de vida - os percalços e desencontros da vida, da crianaça/adolescente e/ou família que na sua maioria são pobres. A distância e a vida destas pessoas são complexas. Há uma multiplicidade de fatores econômicos, educacionais, habitacionais, religiosos, cultural, e político.
2. Culpabilização da vítima: quem é responsável? Você leitor tem responsabilidade com tal fato do adolescente infrator? Segundo o preceito constitucional, art. 5º da Constituição/1985 e o art. 4ª do ECA (lei nº 6.069/90, 'é dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público tornar efetivo o direito'. A responsabilidade é sempre do outro. Culpar a vítima é um mecanismo da ideologia. Inverter o processo. Ex: a mulher vitimada pela violência machista, quando deixa de denunciar, o carimbo de 'mulher de malandro, que gosta de apanhar' - predianunciado por membros do gênero, mulheres. A vítima é culpada e o causador é a vítima. Tal entendimento expressa carência de pensamento da lógica aristotélica em relacionar o particular com o universal, ou confundir árvore com floresta. A questão fundamental não reduzir o problema a busca do culpado. A família(particular) tem culpa mas é necessário associa-la com a responsabilidade não assumida de outros autores (o Estado que não cumpre o seu papel na edição de políticas públicas; o cidadão que vota/não vota irresponsavelmente - como ser passivo; os comerciantes, associações, profissionais liberais dotados de conhecimento/informação que preocupa com seus interesses particulares, e outros). Culpar só a família e não associar com a estrutura da sociedade capitalista nas suas relações de produção é miopia cultural. Isso não significa que a família não tem parcela de culpa´
3. O fraco não pode ter defesa, não tem direito, pois não é ser humano. Tal conceito é formado na cultura patrimonialista, em que o 'Outro/diferente' é uma mísera mercadoria/patrimônio, inferior, desigual. Se o ditador/déspota tem direito, o 'outro/infrator' é menor, inferior e por isso não tem direito. Pois se tiver direito é igual ao ditador. A igualdade de direito é muito perigosa, é risco de poder. por isso o horror, a ojeriza contra os pobres e os movimentos antisistema - vide as idéias divulgada na mídia sobre o Movimento dos Sem Terra. As pessoas não conhecem o MST mas são contra a ação do movimento, conforme a visão da Veja, Globo e outros colaboradores dos interesses das empresas Bradesco, Sigenta, Globo, Votorantim e outras. Você, defensor da ideologia predicada, está defendendo, ingenuamente, os interesses desses grandes grupos econômicos? Você nao existe para elas.
4. As entidades, da sociedade civil, de defesa dos direitos humanos. Por que estas defendem o 'ladrão' e não a 'vítima'? Porque o Estado nao cumpre com os seus deveres na defesa dos direitos: a)- da vítima - ter acesso e restituição dos direitos violados e sentir que o Estado fez o infrator pagar as penas pelos crimes de descumprimento do contrato social, conforme preceito legal (investigação - julgamento - condenação/liberação). Um dos preceitos do Contrato Social - Constituição - é que toda pessoa deve ser tratada como pessoa humana (e não um animal) dotado de direitos. Hoje, a vítima tem mais espaço institucional de defesa de direitos, em organismo do Estado (Defensoria Pública, Justiça, Ministério Público)OAB e outros para exigir os direitos, e os infratores sofre a negligência do Estado, vide o sistema penitenciário, política de educação/tratamento/internamento do adolescente infrator. Diz o post, 'Direitos humanos para humanos direitos', digo para o banqueiro Daniel Dantas, acusado de corrupção em milhões do cofre público, e que recebeu dois habeas corpus do STF, contestado por centenas de entidades e autoridades, este será que é um humano direito? A desigualdade deve ser aceita, natural, conforme o déspota, e os que discordarem devem ser eliminados físico e socialmente da sociedade.
Em suma, uma mãe acusa a outra mãe, impultando-a não requerer direito, e observe a diferença no perfil sócio-econômico descrito da primeira e segunda. É um olhar de classe, e as idéias são da classe dominante - de cima, e por serem minorias, necessitam de apoio dos representantes das outras classes, e sequestram o pensamento pelo sentimento - com-paixão, e os argumentos, inicialmente transparente lógico, mas os que aprenderam o método cartesiano, duvidar de tudo, percebem que tais argumentos são ilógicos. Há um interesse notório da classe dominante: ampliar a passividade dos membros de classes pela desigualdade, culpabilização da vítima pela vítima, exclusão social com darwinismo social, levando a eliminação física dos elementos que discordarem de tal política (o professor na escola, o policial na rua, traficante com usuário/consumidor de droga.
Concluindo, a ideologia quer imputar que não tem solução. Querem matar o futuro, que as pessoas não tenha esperança, e lute para mudar o presente e conquistar o futuro. No livro bíblico aponta o Paraíso Terrestre (Genesis 1-3), como esperança e exige a ação humana.
texto: Anonimo - divulgado entre professores.
Reenviando conforme pedido ...
INVERSÃO DE VALORES- CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA> MÃE(VERÍDICO)> > Assunto: Inversão de valores*Carta enviada de uma mãe> para outra mãe em SP, após noticiário na tv:De mãe para> mãe...'Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de> televisão contra a transferência do seu filho, menor> infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para> outra dependência da FEBEM no interior do Estado.Vi você> se queixando da distância que agora a separa do seu filho,> das dificuldades e das despesas que passou a ter para> visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes> daquela transferência.Vi também toda a cobertura que a> mídia deu para o fato, assim como vi que não só você,> mas igualmente outras mães na mesma situação que você,> contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e> Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...Eu> também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu> protesto.Quero com ele fazer coro.Enorme é a distância que> me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco,> idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para> visitá-lo.Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos> domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para> auxiliar no sustento e educação do resto da> família.Felizmente conto com o meu inseparável> companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de> amigo e conselheiro espiritual.Se você ainda não sabe, sou> a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num> assalto a uma vídeo locadora, onde ele, meu filho,> trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.No> próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando> e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu> e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério> da periferia de São Paulo...Ah! Ia me esquecendo: e também> ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila,> viu? que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu> querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.No> cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum> representante destas 'Entidades' que tanto lhe> confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me> indicar 'Os meus direitos' !'Faça circular este> manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta (falta de> vergonha na cara)inversão de valores que assola o> Brasil.Direitos humanos são para humanos direitos !!!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
A utopia - e o Socialismo do século XXI
*Adital -
Introdução
O socialismo é um projeto, antes de ser um conceito. Por essa razão, é necessário abordar o conteúdo como passo preliminar para a utilização da palavra. De fato, o que é o socialismo hoje? Trata-se do stalinismo, do maoísmo, de Pol Pot, da social-democracia, da terceira via? Estamos ante a plena ambigüidade, o que exige um novo quadro de reflexão.No entanto, há uma grande urgência frente à destruição social e ambiental provocada pelo modelo econômico contemporâneo. A hegemonia global do capitalismo, em sua forma neoliberal, não somente foi edificada sobre novas bases materiais (as tecnologias da informação e da comunicação), mas também permitiu universalizar a subordinação do trabalho al capital ("subsunção", segundo Carlos Marx). Atualmente, não somente se trata de uma subordinação real, isto é, dentro do processo mesmo de produção, a través do salário, mas também formal, ou seja, por meios financeiros (preços das matérias primas e dos produtos agrícolas, dívida externa, paraísos fiscais, fiscalização interna que promove a riqueza individual) ew por meios jurídicos (normas das organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio).Este último tipo de subordinação afeta a todos os grupos humanos tanto pela destruição ambiental como pela submissão à lei do valor. Hoje em dia, os povos indígenas estão afetados em sua possibilidade de sobrevivência pela exploração dos bosques ou pela destruição da biodiversidade; os pequenos camponeses são as primeiras vítimas da privatização da saúde, da água, da eletricidade; os pequenos camponeses são deslocados pelas empresas transnacionais do agronegócio. De fato, a vida da humanidade em seu conjunto está sendo agredida. As conseqüências para a sociedade são profundas porque esse processo agudiza as contradições dentro de todas as relações entre indivíduos, não somente pela desigualdade econômica e social crescente, mas pelo aumento dos conflitos de gênero, de raças ou de castas. Por essas razões, o projeto deve começar por uma deslegitimação clara e radical do capitalismo, em sua lógica mesma e em seus aspectos concretos em cada sociedade. A consciência de que não se pode humanizar o capitalismo constitui a base de um novo projeto concreto. A esse propósito, podemos propor níveis de reflexão: o nível da utopia (que sociedade queremos?), os meios e, finalmente, as estratégias. Trataremos de aplicar esses três níveis aos vários componentes da realidade humana: ecológicos, econômicos, políticos e culturais e de propor, de maneira muito sintética, uma série de hipóteses como base de discussão.1. Os objetivos ou a utopiaQue sociedade queremos? Essa pergunta pode parecer muito geral, um conjunto de idéias abstratas, um sonho. Porém, não seríamos seres humanos se suprimíssemos a capacidade de sonhar. Queremos viver em uma sociedade humana de cooperação e de paz. Isso significa que não queremos viver em um mundo de pura competitividade e de agressão. Desde seu início, tal perspectiva introduz uma contradição com a sociedade neoliberal. Para definir de maneira mais concreta o que podemos chamar a utopia, pode-se distinguir quatro objetivos ou princípios, segundo as já citadas dimensões ecológica, econômica, política e cultural.1) Prioridade de uma utilização renovável dos recursos naturaisExiste uma simbiose entre a natureza e o ser humano. A natureza é fonte é fonte de vida (a pachamama, terra-mãe, como dizem os povos indígenas da América do Sul). Não se pode agredi-la, nem destruí-la sem atentar contra a vida humana. A natureza não pode ser explorada em função de uma racionalidade puramente instrumental, característica do tipo de modernidade vinculada econômica e culturalmente com o capitalismo. Isso resultaria na destruição progressiva da natureza. O "grito da terra", como escreve Leonardo Boff, chama-se desertificação, deterioro do clima, gripe aviar, AIDS...Esse princípio da prioridade da utilização renovável significa o rechaço a modos de produção e de atividades que destroem de maneira irreversível o ambiente natural. O uso de recursos não renováveis será o objetivo de uma gestão coletiva, assegurando sua racionalidade. No entanto, esse princípio é somente uma parte da realidade e deve entrar em2) Predomínio do valor de uso sobre o valor de trocaEssa distinção, feita por Carlos Marx, é útil para pensar o futuro. O valor de uso é o que contribui para a qualidade da vida humana em todas suas dimensões. O valor de troca é o mercado, que tem uma função subordinada ao valor de uso. No entanto, na lógica do capitalismo, o mercado domina hoje não somente a atividade econômica, mas também toda a organização coletiva da vida humana. Para o capitalismo, não existe valor econômico se o trabalho, os bens e os serviços não se transformam em mercadorias. É o que se chama a imposição da lei do valor que, segundo Franz Hinkelammert, significa o fim do sujeito. Os seres humanos estão submetidos a essa lei que invadiu a realidade social submetendo a humanidade em sua totalidade à lógica do capitalismo. É por isso que Karl Polanyi, economista estadunidense historiador do capitalismo, conclui que é necessário reinserir a economia na sociedade.3) Participação democrática em todos os setores da vida coletiva. A participação democrática, isto é, o poder de decisão do sujeito humano, pode ser limitado ao setor político. Nesse sentido, pode-se dizer que toda a realidade é política, começando pela economia. O princípio da participação democrática tem que ser aplicado a todos os níveis da vida humana coletiva, do local ao global.4) Interculturalidade. Todas as culturas participam na vida cultural e espiritual da humanidade. Nenhuma delas pode ser eliminada ou marginalizada. Isso inclui todas as expressões culturais, o direito, a ciência, as religiões e as espiritualidades. As transformações que derivam de intercâmbios, de enriquecimento mutuo são bem-vindas porque a cultura não é estática.Sobre a base dos quatro princípios expostos propõe-se o problema dos meios.2. Os meiosNão basta afirmar princípios. Construir outra sociedade significa aplicar meios para que eles possam tornar-se realidade.1) A relação com a naturezaPara levar a cabo o primeiro princípio de predomínio de uma utilização renovável podemos propor três meios principais. O primeiro é a apropriação pública dos recursos naturais essenciais para a vida, como a água, as sementes, o ar. Esses recursos constituem o "patrimônio da humanidade" e devem escapar da lei do valor, tal como está definida pelo sistema econômico capitalista.A revalorização da agricultura camponesa é outro meio necessário. Trata-se de lutar contra a concretização produtivista da terra ou dos produtos agrícolas em mãos de empresas transnacionais que destroem a natureza, sem falar dos desastres sociais e de promover uma agricultura orgânica. Em terceiro lugar, a tarefa fundamental de regeneração da atmosfera, dos solos, das águas e, finalmente, do clima.2) O predomínio do valor de uso sobre o valor de trocaExistem vários meios para esse predomínio em específico. Somente queremos assinalar alguns deles:- Promover a produção orientada à maioria das populações com a utilização de instrumentos públicos, o que se opõe ao modelo de desenvolvimento atual, que favorece um crescimento econômico espetacular de somente 20% da população. Isso é a conseqüência da lógica do capitalismo, que necessita gerar fortes poderes de compra de uma minoria para absorver uma produção sofisticada, contribuindo para a acumulação do capital.- A introdução de elementos qualitativos no cálculo econômico, como o bem-estar (a qualidade de vida), o entorno ecológico, a segurança alimentar. As decisões serão muito diferentes se forem considerados esses elementos nos cálculos dos custos de produção e de intercâmbio.- Limitar a influência do capital financeiro mediante um imposto sobre os fluxos internacionais, a abolição dos paraísos fiscais e do segredo bancário e a supressão da dívida externa dos povos do Sul.- Abolição das patentes em sua forma atual e adaptação do direito de autor para evitar o monopólio das transnacionais.- Revalorização da empresa como lugar de trabalho comum com fins sociais e não como fonte de riqueza para os acionistas.- Reconhecimento e valorização dos empregos não reconhecidos (mulheres no lar) ou desvalorizados (serviço social, serviço de saúde) e criação de empregos para setores qualitativos de interesse coletivo (melhoramento da qualidade de vida, serviços pessoais etc).- Constituição de um seguro social generalizado sob controle público.- Revalorização do serviço público como serviço à coletividade e não como atenção a "clientes".3) O princípio da democraciaA democracia não é somente um fim, mas também um meio. Nesse sentido, deve-se estender a democracia representativa a todos os níveis da atividade coletiva, incluindo oi setor econômico. No entanto, necessita-se também a promoção da democracia participativa ou direta como incremento do controle popular nos mesmos setores. Não se trata da dimensão territorial (povoados, bairros, aldeias), mas também das empresas e das administrações.4) O princípio da interculturalidadeOs meios nesse setor são também diversos, com prioridade ao seguinte:-Afirmar e concretizar o direito dos povos frente ao direito dos negócios, o que significa uma mudança fundamental da filosofia dos organismos internacionais, financeiros e comerciais.- Proteção das culturas por medidas adequadas nos diversos setores de suas expressões.- Socialização dos resultados da ciência, sem monopólio industrial ou particular.- Afirmação da laicidade do Estado, como base do diálogo filosófico e espiritual e do ecumenismo.3. As estratégiasPara poder aplicar os meios suscetíveis de concretizar os princípios, há vários níveis de estratégias.- Deslegitimar o capitalismo como expressão de uma modernidade desumanizante, o que significa a utilização de todos os espaços possíveis para o desenvolvimento de um pensamento crítico nos setores da economia, da ecologia, da política e da cultura. Nesse sentido, os fóruns sociais têm cumprido um papel importante: o desenvolvimento progressivo de uma consciência coletiva.- Acelerar a criação de atores coletivos em nível global através de redes de resistência (um exemplo é a Via Campesina).- Renovar o campo político da esquerda, com a convergência de várias organizações políticas (não se pode pensar em um partido único detentor de toda a verdade) e a centralidade da ética nas práticas políticas.- Promover a emergência de um novo sujeito histórico, que não estará somente construído pelos trabalhadores assalariados, mas por todos os grupos atingidos em sua vida pelo sistema capitalista: pequenos camponeses, mulheres, povos autóctones etc.- Buscar a centralidade da ética como atitude coletiva e individual, em coerência com a utopia, o que implica uma institucionalizaçã o dos processos sociais e políticos como base dos comportamentos individuais e uma redefinição permanente dos aspectos concretos da ética, com a contribuição de todos.Podemos concluir que se isso é o que chamamos de socialismo, trata-se de um projeto profético e construtor, capaz de contradizer a "barbaridade" e de traduzir em um projeto pós-capitalista a defesa da dignidade humana e do amor ao próximo.[Colombia Plural/Inestco.Tradução: ADITAL]*
Sociólogo e teólogo. Tem mais de quarenta livros publicados, entre eles: Sociología da religião e Mercado e religião
domingo, 21 de dezembro de 2008
A Igreja e homofobia: calendário dos padres e o pecado
O Vaticano divulgou um calendário de 2009 com imagens de padres italianos. Vários blogs e jornais comentaram tal publicidade como fora de propósito de um Estado - O Vaticano. As críticas cheiram o pre-conceito de pedofilia e homossexualismo no quadros da Igreja.
"Jovens do Vaticano posam para calendário"
Os bombeiros espanhóis posaram para um calendário, os jogadores de rúgbi e futebol de diversos países, mas se você pensa que só atletas e oficiais instigam o pecado, você errou. O Vaticano lançou um calendário com doze de seus jovens padres. A novidade já tem tradição, as primeiras folhinhas com as fotos dos religiosos foram publicadas em 2003. Segundo a Igreja, o objetivo da publicação é levar informações sobre o Vaticano para a população e não instigar quaisquer tipos de desejos pecaminosos. As fotos podem ser compradas em bancas de jornal nos arredores de Roma ou pela internet.Embora as justificativas da Santa Sé insistam em priorizar a informação, a seleção dos padres não é por seu desempenho intelectual e, sim, por sua beleza.
http://onne.com.br/conteudo/206840/calendario-de-padres
Comentário: joaquim
Li os comentários sobre as fotos do calendário, em sua maioria mulheres, e expressam uma visão dualista e platônica. A beleza e o belo induz a luxúria, o hedonismo,e ao pecado por isso é mal, por outro lado o feio, induz a abstinência, ascese, epicurismo, conduzindo ao bem e a Deus. A partir do conceito ocidental branco,europeu de belo reduz o religioso com tal estética como prócere de do 'incubus'. Na teoria do laxismo - o prazer provocado pelo belo, inerente a sua essência, é fugaz e parte dos limites e tolerância de Deus sobre a incompletude, e finitude do ser humano. E dizem 'vai, comete o pecado, Deus te perdoa'.
To Be ou no to be Professor
A todos a minha mensagem de final de ano.
SER PROFESSOR
Hoje senti uma melancolia, uma falta de sentir que falta pouco tempo para chegar segunda-feira e pouco tempo para preparar a aula. Falta daquela pressão no peito pela obrigação de preparar uma boa aula em pouco tempo, pois a segunda-feira vem em ritmo acelerado, então lembrei, é semana do natal, mas por que senti falta disso, durante o ano aguardei ansiosamente por esta folga. Após alguns instantes entendi, eu não estou professor eu sou professor, coisa que para os burocratas capitalistas e aventureiros do ensino soa como um absurdo. Ser professor é um “estado de espírito” e exige dedicação integral, professor é professor também nas férias quando encontra um aluno ou outro professor, para professor passear no shopping e não passar horas na livraria é tempo perdido, gastar muito em livros é investimento e lazer. Professor é uma das poucas profissões que exigem dedicação em tempo integral por isso que muitos tentam, mas, poucos permanecem nesta profissão, entendo a carreira do professor como um sacerdócio e a essência da arte. Professor é professor, pai e mãe, educador, conselheiro, às vezes até polícia, é o equilíbrio entre o capitalismo selvagem e a ética e bom senso. Enquanto a maioria dos demais profissionais curte o natal despreocupadamente, o professor está pensativo e em dúvida se vai ter aulas suficientes no próximo ano para sustentar sua família. Infelizmente, este profissional tão massacrado por interesses que nada tem a ver com a missão nobre de ensinar, com salário que na maioria das vezes é injusto, exigem um trabalho com qualidade, mas na verdade querem pagar apenas por uma presença física e o esquema “embromação”, então, não entendem como apesar disso o mestre se supera numa sala de aula, brilha, é amado e admirado, enquanto os burocratas do ensino são ignorados, a partir deste ponto de vista entende-se seus atos, às vezes irracionais, burros, vingativos e absurdos. Inúmeras vezes senti vontade de largar tudo, já o fiz duas vezes, mas a sala de aula é uma experiência indescritível para quem sabe o significado da palavra “mestre” e sempre voltei, cada vez mais feliz que antes. Invejem-me sou professor sim com todo orgulho do mundo e isto não é para quem quer, mas para quem tem o dom.
Professor Adalberto Brandalize
Rua Paranapanema, 188, 86025-330, Londrina-PR
(43)3337.9676 e 9944.9790, Rg. 959748-4
Comentário: joaquim
Tenho espasmo de prazer quando venho um ex-aluno com destaque em uma ocupação: professor, administrador, comércio, indústria, serviços, serviço público, parlamentar, e que conseguiu alcançar os objetivos propostos e está atuando com ética. Sinto uma parte de mim no seu fazer. Aquela pessoa é um mosaico e visualizo a minha contribuição. Fico triste quando pego um aluno 'colando' - com o sentimento de incompetência, não consegui transmitir valores. Amém.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Lavando a roupa - 2008: os futuricidas
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O STJ a Justiça e os Indios - RR - Raposa Terra do Sol
AWERE: JUSTIÇA NA RAPOSA TERRA DO SOL
No dia que a humanidade celebra a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deu início a uma nova era de respeitabilidade para com os Povos Indígenas do Brasil. Com 8 votos declarados, mesmo com o pedido de vistas por parte do Ministro Celso de Mello, não há como pedir a nulidade da demarcação das terras indígenas Raposa Terra do Sol, localizada no Estado de Roraima. Apenas significa que a decisão e ratificação da demarcação realizada em 2005 ficará para os primeiros meses do ano de 2009.
Trata-se de uma decisão que beneficiará mais de 19.000 mil indígenas moradores da Reserva Indígena Raposa Terra do Sol, divididos etnicamente em 5 povos que se comunicam entre si por meio de tradições e costumes, festas e relações econômicas.
Aos não-índios, latifundiários e defensores da lógica do “agronegócio” e, talvez, do “hidronegócio” restará o benefício ainda de serem indenizados pela União o que não deveria ser realizado, por se tratar de invasão de território indígena. Mesmo que não fosse uma territorialidade indígena estariam em território devoluto da União, logo, do povo brasileiro. Contudo, já que é para se fazer valer a lógica do “contrato social” de Hobbes, o Estado fica obrigado a indenizar os que supostamente fizeram benfeitorias locais.
Os politiqueiros de plantão devem estar literalmente assustados com os votos desses 8 Ministros do STJ. Desde os donos do capital até os fazendeiros, dos amigos dos fazendeiros que estão no Senado como também na Câmara. O Governador de Roraima que procurava defender os interesses dos grandes agronegocistas deverá repensar seus discursos. Mas tudo isso está sendo um grande ensinamento, uma grande vitória pedagógica e gostaria de destacar cinco delas, dentre outras que poderão existir.
Qual seria a importância pedagógica dessa decisão? Simplesmente uma correção histórica que coloca em primeiro lugar os povos indígenas e aqueles que querem utilizar a terra, que continua sendo da União, de forma sustentável e ecopedagógica. Trata-se de uma vitória de todos os povos indígenas do Brasil que poderão continuar sonhando a grande utopia da “terra sem males”. Males ainda causados por homens como estes que continuar a defender a maléfica lógica da colonização.
A importância dessa decisão de um vir-a-ser também é de ordem moral. Uma nova cultura moral está se formando nas decisões do STJ que julga não mais em prol dos colarinhos brancos, dos homens de negócio e dos proprietários do capital. Pelo contrário, a justiça começa a deixa de ser “minúscula” e passa a ser “maiúscula”, logo, Justiça. O caso dos povos indígenas é uma ação pedagógica que poderá movimentar outras organizações, movimentos sociais e populares e sindicatos a lutarem também contra a lógica do mandonismo, dos velhos costumes do “jeitinho” coronelista e das políticas de apadrinhamento.
Uma terceira importância pedagógica é de ordem política. O discurso do líder dos arrozeiros, grande defensor do agronegócio e também da exploração desordenada das terras indígenas e de seus bens naturais, defendia a tese de que a Reserva Indígena possuía faixa contínua de limites territoriais de fronteira com outros países, a saber: Guiana e Venezuela. Primeiro, estariam a Guiana e a Venezuela interessadas em se apossar do território brasileiro? Seria uma ingenuidade se pensar assim. Portanto, passou a defender com discursos “sofistas” e ideológicos que as ONGs defensoras dos Povos Indígenas da Raposa Terra do Sol eram estrangeiras, interessadas nas terras indígenas e na área de fronteira. O que eles, os latifundiários chamam de ONGs é simplesmente o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), organismo pastoral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que recebe financiamento de organismos alemães para defender e se manter enquanto instituição histórica, desde 1975, na defesa e na promoção dos povos indígenas no Brasil todo. Portanto, não há como ligar o CIMI a uma organização clandestina internacional que quer se beneficiar dos povos indígenas e de suas riquezas minerais, naturais, biológicas etc. Trata-se realmente de uma “falácia” dos que defendem tal tese, no mínimo, absurda.
A quarta importância pedagógica da decisão do vir-a-ser dada pelo STJ é de ordem ecológico-ambiental. Os chamados não-índios no Processo são estimulados pela lógica do capitalismo e pelo discurso do chamado “desenvolvimento” e do “progresso”, a desmatar toda a reserva florestal dentro do território indígena. Em nome do deus “capital” se pode tudo. Acabar com a natureza seria mais um recurso para os famintos e sedentos homens de negócio que vêem a lucratividade em primeiro lugar. A decisão elimina esta possibilidade, já que é comprovado que os índios são os que mais preservam e onde há Reserva Indígena, a floresta e toda sua biodiversidade está protegida.
A quinta importância pedagógica da decisão do vir-a-ser é de ordem cultural. Os índios poderão dar um passo significativo a manter todas suas vivencias culturais sem se preocupar com que o não-índio irá dizer. Para muitos, o modo de vida dos povos indígenas é primitivo, a-moderno, sem nenhuma esperança de pós-modernidade. De fato, os povos indígenas devem mesmo evitar a modernidade irracional e a pós-modernidade imbecil. Eles possuem mais, muito mais. Possuem saberes milenares que não podem e não deve ser esquecido, daí a importância da educação indígena, que promova a integração entre a cultura letrada e a cultura vivida. São os povos indígenas, defensores da soberania nacional, é que possuem a verdadeira Razão. Os outros querem a Razão domesticada pela lógica do consumo, do capital e do mercado.
Não conheço a Reserva Raposa Terra do Sol, mas não poderia esquecer da grande festa que está sendo realizada. Um verdadeiro Awere já se forma nas mais de 190 aldeias que compõem a Reserva Indígena Raposa Terra do Sol. Toda nação deveria render “graças” a todos os habitantes dessa Reserva que pedagogicamente nos ensinaram a lutar e acreditar que o sonho é possível e de que a “Justiça e Paz” prevaleceriam. A paz ainda é um sonho, pois devemos temer pelas atitudes dos donos do capital que saíram derrotados, mas a Justiça se fez realidade, fez gente e gente quer brilhar para defender o que também é nosso, as terras da Raposa do Sol, território indígena, território brasileiro e dos brasileiros (e não simplesmente de alguns). Awere para a soberania nacional e para a soberania dos povos indígenas.
Claudemiro Godoy do Nascimento
Filósofo e Teólogo. Mestre em Educação/Unicamp. Doutorando em Educação/UnB. Professor da Universidade Federal do Tocantins – UFT/Campus de Arraias.
Fonte: do grupo Teologia da Libertação - e-mail: teologia_da_Libertacao@yahoogrupos.com.br
sábado, 29 de novembro de 2008
Consumo e consumismo. Eis o Natal.
A ideologia do [consumismo] é ilusão, isto é, abstração e inversão da realidade, ela permanece sempre no plano imediato do aparecer social. Ora, ao falarmos do fetichismo da mercadoria. o aparecer social não é algo falso e errado, mas é o modo ocmo o processo social aparece para a consciência direta dos homens. Isto é, a ideologia do [consumo] possui uma base real, só que esta base está de ponta-cabeça, é a aparência social. ' E viva Karl Marx.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
A crise, cuidado!!!! - Há,há,há, há, há... É mentira?
Espantei, domingo 16/11 - no 'Fantástico', com o grito de des-(des)mobilização da campanha do risco do Brasil - ' estamos em crise, cuidado, o que o governo fala não tem sentido.' Tal sandice de campanha estava proporcionando um clima negativo nos negócios de queda, medo, insegurança no consumo. Afirma o 'especialista', economista selecionado: 'o capitalismo vive de consumo. A burguesia comercial, e industrial reagiu, vide reunião da FIESP, no dia 09/11/ em São Paulo, cuja decisão foi de alavancar o consumo. A campanha pró Serra deixa para o próximo ano. A estratégia foi de apresentar 'o ex-futuro presidente não eleito' com imagens positivas e propositivas. Os blogs alternativos (NASSIF, Asenha, Eduardo Guimaraes, e outros tantos) colocaram o dedo na ferida, e a ideologia não pode apresentar contradição e incoerência (vide a postura 'imbecilizada' da mídia na defesa do tiro, que não houve, no caso Lindemberg em Santo André-SP).
Quem gosta de simulacro e similitudes, numa abordagem de humor intelectual, assista o vídeo que trata sobre a crise financeira americana. É de humor clique aquihttp://http//www.dailymotion.com/swf/k2GEzYKbv1P6IUHSpY .
Ainda tem gente que acredita no papo da mídia.
sábado, 8 de novembro de 2008
INDIGNAÇÃO SOBRE O PODER DA ELITE(minoria)
Por 10 x 0 votos o STF inocenta Dantas com aprovação da decisão do HC (habeas corpus) a favor do banqueiro Daniel V. Dantas, votação ocorrida dia 05/11. Além de promover a caça pela PF ao delegado Protógenes Queirós, e acusação ao juiz federal Fausto de Sanctis. O juízo ético move a INDIGNAÇÃO. Leia a opinião do jornalista Azenha.
TODO MUNDO É ESPERTO. SÓ VOCÊ, LEITOR, É IDIOTA
Atualizado em 08 de novembro de 2008 às 08:07 Publicado em 07 de novembro de 2008 às 19:44
Seria cômico, não fosse trágico e patético, o uso de instituições do Estado para proteger um banqueiro, com a devida cobertura midiática.
O governo Lula está envolvido até a medula na tentativa de desmoralizar aqueles que ousaram investigar o banqueiro, cujos crimes têm a obviedade de uma propina de um milhão de reais em dinheiro.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, é co-responsável pela patifaria. Já imaginaram se a PF fosse fazer buscas nas casas de todas as autoridades que vazaram informações para jornalistas? Isso é absolutamente corriqueiro. E o delegado Edmilson Bruno, aquele que vazou as fotos do dinheiro dos aloprados para os jornalistas na véspera do primeiro turno da eleição presidencial de 2006? Houve busca e apreensão na casa dele?
É óbvio que a PF está sendo usada numa tentativa descarada de intimidar o delegado Protógenes Queiroz. É um absurdo que o ministro da Justiça, Tarso Genro, seja conivente com isso. Não há outro nome para definir o que está acontecendo: uma patifaria. Com a silenciosa aquiescência do presidente da República, que está desmoralizando a Polícia Federal e se associando ao que há de mais podre na política brasileira.
Lula dá corda àqueles que pretendem enforcá-lo, se já não o fizeram. Começo a concordar com PHA: o presidente da República "caiu para dentro". Abdicou do governo. Assiste a tudo impassível. Com certeza está fazendo os devidos cálculos políticos, pensando "naquilo", 2014. Será atropelado pelos acontecimentos. Não vai fazer o sucessor em 2010. Nem voltará em 2014. Não acredito que o presidente da República seja ingênuo: assim que ele tirar os pés do Palácio do Planalto será devidamente "desconstruído" pela mídia brasileira.
Lula não fará o sucessor em 2010 pelo simples fato de que, em nome de seus próprios objetivos pessoais, joga todos os aliados aos leões, sempre que é conveniente. Penso em termos estritamente políticos: quem é que vai se aliar ao Lula se acredita que o presidente da República trata aliados como "descartáveis"? Quem é o homem-forte do governo Lula neste momento? O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que outro dia posou sorridente ao lado do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab. Os três "despacharam" sobre os aeroportos de São Paulo. Será que Lula acredita que o ministro Jobim serve a ele? Contem outra...
O próprio presidente da República já disse que nunca foi de esquerda. Faz sentido, quando se vê Lula disputando a direita com José Serra. Só há uma explicação para o comportamento de Lula: ele quer posicionar sua candidata como a verdadeira merecedora da confiança do empresariado paulista. Sabe que esse empresariado desconfia de Serra. Paulo Lacerda? Protógenes? ABIN? Às favas com essa gente. Prender empresário que pode financiar minha candidata? Enlouqueceram?
O que o presidente da República, com toda a sua esperteza e sagacidade, não parece ter percebido, é que Gilberto Kassab ensaiou, na campanha municipal paulistana, o movimento que José Serra fará em sua própria campanha: endossar os programas sociais. É o lulismo sem Lula. O vergonhoso comportamento do governo Lula ao longo da operação Satiagraha pode custar só meia dúzia de votos à esquerda, mas não rende nenhum à direita. O que Lula tem a ganhar? Financiamento de campanha? O apoio do empresariado, com a garantia de que ele não mexe mais com "os de cima"?
Enquanto isso, a mídia continua servindo à mistificação. Do Valor Econômico, a respeito da decisão do STF sobre o habeas dantas: "O processo de Dantas chegou ao STF em junho, antes do início da operação, pois o banqueiro soube pelos jornais (grifo meu) que estava sob investigação da PF e ingressou com um pedido preventivo de habeas corpus".
Pelos jornais? O Valor Econômico poderia ter dito a verdade a seus leitores: soube pela Folha de S. Paulo, que prestou serviço a um patrocinador.
AQUI, COMO A FOLHA "AVISOU" DANTAS, QUE USOU A "NOTÍCIA" PARA PEDIR O HABEAS DANTAS PREVENTIVO.
Eles -- todos eles, inclusive o presidente da República -- acham que são espertos. Só nós é que somos idiotas.
PS 1: Se a revista "Veja" foi capaz de dar credibilidade ao falso dossiê com as contas de integrantes do governo Lula no Exterior (leia aqui), o que não fará com os dossiês que receber diretamente do presidente Serra? Repiro: a elite brasileira demolirá Lula assim que ele tirar os pés do Planalto.
Prof. Joaquim P. de Lima.
domingo, 2 de novembro de 2008
A crise financeira dos EUA e Brasil: razões e consequências
domingo, 26 de outubro de 2008
A FOLHA DE SÃO PAULO - ELEGE QUEMSABE/SERRA
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Quando sai de casa hoje pela manhã, encontro o jornal, folha de São Paulo jogado no quintal pelo entregador ?Não assino, deve ser erro, não, não foi erro, foi entreque geral no bairro.Abro o jornal e para meu espanto.Metade da 1º pagina superior.Silhueta da Marta a esquerda 40% e do Kassab a direita 60% com a sequinte manchete de lado a ladoDATA FOLHA APONTA VITÒRIA DE KASSAB.Nunca assinei, nunca recebi gratuitamente.No dia da votação vem esse planfleto pró Kassab, é a folha e toda mídia elegendo o Kassab.Um golpe branco. Não posso aceitar essa manipulção e direcionamento.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
SP - 'loucademia de polícia x policia' e o ex-presidente do futuro.
O 'ex-presidente do futuro' - Jose Serra, cometeu alguns erros táticos e estratégicos ao expressar não saber Negociar com movimentos sociais e sindicais. São atores políticos que merecem respeito, veja comentário no site do Nassif.
'A falta de cintura de Serra
A posição do governador José Serra na greve dos policiais civis, repetindo o comportamento na greve da USP, demonstra que precisará avançar muito se quiser ser o candidato da conciliação.
Nos últimos 15 anos, o país foi governado por dois conciliadores, FHC e Lula. É condição imprescindível. Em guerra, o país se torna ingovernável, como demonstra o governo Fernando Collor.
Serra tem uma dificuldade invencível em negociar sob pressão. E sempre tem uma explicação para qualquer movimento: é político e coordenado pelo PT. Que seja! Isso é uma explicação, não uma justificativa para a falta de ação do governo. Todo movimento, meramente reivindicativo ou com motivação política, cresce com a intransigência dos governantes em negociar.
É sabido que a Polícia Civil de São Paulo tem salários baixos. Um aceno, de uma política de cargos e salários que repusesse o valor a médio prazo, bastaria para conter eventuais radicalismos do movimento.
No confronto, não tem ganhadores. Se cede, o governo do Estado é derrotado. Se não cede, a população terá que ser atendida por uma Polícia Civil derrotada e humilhada.
A continuar nessa miopia, sua candidatura será a do confronto. E, se vitorioso, seu governo será de quatro anos de guerra.
Agora, é evidente que policiais armados caminhando em direção ao Palácio Bandeirantes é um abuso. Depois que a situação chegou onde chegou, não havia alternativas. Mesmo tendo razão em suas reivindicações, os policiais que foram armados à manifestação precisarão ser devidamente enquadrados.
Por Luiz Eduardo
Enquanto o Serra dá mais uma prova da falta de jogo de cintura, o Aécio, em resposta à Dora Kramer, que o criticara pela aliança com o PT em BH (um "truque engendrado"), revela uma abertura que, sendo sincera e perseguida com coerência e "jogo de cintura", só faria bem ao país. Como tenho o mau hábito de acreditar na boa-fé das pessoas até prova em contrário, creio na dele. Segue um apanhado da resposta.
"[Defendo] a crença de que devemos trabalhar pela criação de uma convergência, mais ampla, de centro-esquerda, capaz de garantir as condições para a realização das reformas que o País aguarda há tanto tempo.
"Acredito, sim, que existem identidades entre setores do PSDB e do PT que, se explicitadas, podem contribuir para a criação de um novo ambiente político. Acredito que precisamos romper com um maniqueísmo mesquinho que domina a cena política atual, no qual um partido se opõe necessariamente ao outro pautado, muitas vezes, apenas por uma lógica de alternância de poder.
Nunca pretendi, como você disse, a "convergência total", até porque isso seria tão artificial quanto autoritário.
Nunca defendi a anulação das divergências políticas do debate nem a fusão dos partidos... Defendo que as diferenças políticas e partidárias permaneçam claras. Mas defendo também que sejamos capazes, em nome do País, de identificar e aprofundar nossas semelhanças ao invés de apostar apenas em aprofundar as nossas diferenças." Clique aqui
Por Ivanisa
Há uma grande liderança que não está sendo lembrada. Para evitar confrontos, que acabam por afetar a população paulistana, é preciso ter dos dois lados negociadores experientes, que não têm preconceitos, que reconhecem a representatividade dos movimentos grevistas e suas pautas. É surpreendente que um governador que foi presidente da UNE não tenha se preparado para a negociação.
O Presidente da CUT, Artur Henrique, é uma liderança preparada para o diálogo e o Secretário de Governo, Aloisio Nunes Ferreira, também. Se houve confronto é porque os ocupantes da máquina pública do Estado de São Paulo não conseguem mais ter visão de conjunto, estão mais preocupados com estratégias eleitorais, ao acusarem centrais sindicais.
Movimentos sindicais e sociais não nascem de um dia para o outro, mas se formam e se fortalecem sobre reivindicações justas e são muito representativos. Estudam, debatem, têm uma formação teórica e prática que os preparam para a conquista de direitos sociais. Têm uma função fundamental para o processo de democratização do país. Não é um gestor que toma a iniciativa. É preciso que a sociedade organizada represente os direitos de trabalhadores e cidadãos e se manifeste com liberdade. O impedimento de aproximação ao Palácio gera confronto, o policiamento ostensivo gera confronto. Aloísio Nunes Ferreira sabe disso. A mídia em nosso país ainda não está acostumada a valorizar os movimentos sindicais e sociais, enxerga-os como adversários. Do que e de quem?'
domingo, 12 de outubro de 2008
Os jornais estão perdendo a racionalidade. É triste!!!
Ao ler a Folha de Londrina e a revista parceira - indignado - enviei a seguinte mensagem para o Portal Bonde, do jornal. Os jornais estão perdendo a sua credibilidade. Data 13/10/2008 - 00:45
'O sol é o melhor desinfetante'.
"Este é o meu primeiro acesso a "Revista Capital" e saio com a impressão que a imprensa é tucana. Não sou filiado a nenhum partido, sou professor universitário, mas ao ler a home da revista vejo que apresentam os tucanos com imagem positiva - 'do bem', e os opositores 'Dilma, Lula, Tarso -Rolando Lero - e "velho" Antonio Belinati' (candidato a prefeito de Londrina) com imagem negativa. Um jornal panfletário - parcial - perde a credibilidade com o leitor. Ideologia não é possível viabiliza-la com tamanha contradição, expressando interesses de classes. Um jornal e a profissão de jornalista na mesma identidade que 'profissional do sexo' é triste para não dizer frágil e expoe o péssimo comerciante. Ou o mesmo fez a opção profissional acima citada."
A mensagem será editado pelo jornal/revista? Vou aguardar.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Política: dissimulam projetos e interesses.
2. A demanda delimitada pelos candidatos, enquanto necessidade do 'outro', ocorre no universo da factibilidade. Os candidatos do PT e do PMDB caminham na mesma ponte mas com camisetas diferente. O dualismo do olhar tucano e pefellista (demo) estão meclados por um vel de fel. O desejo do 'outro' é do outro, por isso é apenas um objeto que subjetivamente utilizo como meio para satisfação do meu desejo - desejo de poder.
3. A negação. No distanciamento entre o lugar social dos candidatos e o olhar ocorre o destinatário do fazer político há uma negação do sujeito e objeto e do objeto, na condição de sujeito, descarta o objeto (sujeito). Objetivamente a negatividade produz uma negação da negação. O ínclito político não percebe objetivamente o outro. A ação social com relação a valores (Weber) subjaz sem sentido e motivos racionais. O antagonismo (implícito) entre os projetos político macros não aparecem devido a negação da negação e tudo se torna um simulacro.
As conexões entre a identidade, demanda e negação dos candidatos prefeituráves nos médios municípios do sul do Brasil ocorrem na dissimulação de poder grupal, efêmero e momentâneo. Por outro lado escondem, inconscientemente, projetos antagônicos de sociedade possível, tal como se expressam os grupos representados nos governos dos estados norte-americanos, aliados e britânico; os dos sul-americanos (Brasil, Argentina, Venezuela, Bolivia, Equador, etc); os europeus, os orientais, russos, etc. A representação política representa interesses de classes, só não percebe quem não quer ver.
domingo, 21 de setembro de 2008
Projeto de sociedade dos candidatos no debate eleitoral
Ciência Política. O debate político nesta campanha eleitoral municipal apontam três vertentes teóricas e de projeto políticos com estratégias específicas: os anarcos, os neocons, e os desenvolvimentistas. Analisando em detalhes os pronunciamentos dos candidatos, tendo como base de amostra os candidatos majoritários de 06 cidades do norte do Paraná(Londrina-Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Cornélio Procópio), acrescido da capital Curitiba, e São Paulo, percebemos o aglutinar de propostas e de reflexões nos debates sobre temas emblemáticos, explicitam projeto de sociedade. Os partidos aglutinam projetos a revelia dos discursos e prédicas, com excessão de alguns camaleões, metamorfoseado ou omminibus.
O projeto dos neo-conservadores condensam no primado da desigualdade natural, o darwinismo social e evolucionismo. A competição, o mercado, a ciência e a tecnologia são instrumentos de manutenção da Ordem na des-ordem natural da relação Capital-Trabalho. Pautar esse tema do capital-trabalho é retirar do cemitério assunto ideológico jaz enterrado, conforme os donos do poder ideológico dominante via 'mass média'.
O projeto dos anarcos advém do modelo de sociedade impossível na ordem do poder dominante, cuja construção opera-se pela destruição. Implicitamente des-constroem sem o poder e na algibeira não tem projeto para reconstruir. O fático cobre o utópico e viceversa. O PSTU e o Psol são expressões de tal crítica.
Os desenvolvimentistas, na pauta do realismo político da sociedade possível sob a luz da sociedade impossível, constroem uma mediação das mediações existenciais dotado de um 'utilitarismo político' que na costura do político com o econômico subjazem o ideológico. No Paraná o governo do Roberto Reguião traduz tal projeto, e a mídia, o judiciário (neocons) cercalizam e travam sua visualização e divulgação de idéias. O PT, o PDT, PCdoB transitam na ponte pela esquerda de que 'um novo mundo é possivel' e nesta mesma ponte o PSDB pela via a direita o novo mundo (Utopia) só é possível sem utopia da igualdade. Vale a pena ler o livro clássico de Franz Hinkelammert 'Crítica à razão utópica', 1983. Amém.
sábado, 20 de setembro de 2008
Ausência de lógica na política
http://www.uol.com.br/
Veja.19/09/2008 - 15h13
Líderes da oposição criticam eventual retorno de Lacerda à direção da Abin
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em BrasíliaKEYLA VIANA DIAScolaboração para a Folha Online, em Brasília
Líderes da oposição criticaram nesta sexta-feira o eventual retorno de Paulo Lacerda para a direção-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) depois que laudo da Polícia Federal mostrou que equipamentos da agência não têm capacidade de realizar escutas telefônicas.
17.set.2008/Folha Imagem
Lula afastou Lacerda e a cúpula da Abin após denúncias de grampos ilegais
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a readmissão de Lacerda no comando da Abin representa um "golpe à segurança jurídica do país".
"O delegado Paulo Lacerda e os demais diretores foram afastados porque o ministro da Defesa acusou a Abin de ter adquirido maletas que permitem escutas clandestinas, embora a agência não tenha autorização legal para grampear telefones. Além disso, a diretoria cedeu 52 agentes de forma irregular para a Polícia Federal que participaram de grampos ilegais de conversas telefônicas de deputados, senadores e de autoridades do Poder Judiciário", afirmou o democrata.
Segundo Maia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode "readmitir suspeitos como se nada tivesse acontecido". O partido promete ingressar com ações na Justiça e no Congresso caso o governo reconduza a diretoria afastada da Abin aos cargos. "O DEM não aceita que este governo continue afrontando as regras democráticas e o Estado de Direito", disse Maia.
No desespero atira-se para qualquer lugar.
sábado, 13 de setembro de 2008
a Des-razão e a utopia ou saudosismo
Na décadade 80 caminhei por ambientes e comunidades rurais na caldeira de movimentos sociais - como agente histórico - na assessoria da Comissão Pastoral da Terra do PR, junto aos 'esfarrapados do mundo' levando na picuá a utopia - 'um novo mundo é possível' explicitado na década de 2000. O utopismo cristão - Reino de Deus - e prática de libertação dos oprimidos produziram pequenas idiossincracias e grandes agentes históricos, lideranças comunitárias com éticas, e articuladores e defensores da vida. Os municípios do Paraná que tem lideranças com ações políticas relevantes e sustentáveis são exatamente onde atuamos.
É triste ler nas entrelinhas das noticias o racismo ascendente na Europa e América, o trabalho escravo e infantil com a legitimação do 'ética protestante e o espírito do capitalismo', e mercantilização da 'mulher' e sua competição indógena gênero, destruição do poder educativo da família e sua transferência de competência e responsabilidade, por parte dos pais para a escola ou Estado. A saúde púbica ou privada tornou-se um serviço secundário. A complexidade das estruturas e burocracias dos organismo públicos reguladores tornaram acomodação do sociedade civil.
O seqguestro do linguagem do consenso e da hegemonia na ótica da maioria, na linguagem freiriano, foi esquecida, clique aqui artigo na revista Carta Maior aborda a questão.
Olhar neoliberal sobre o atentados na Bolivia
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Emprego, política e politicagem
"As pequenas empresas geram mais emprego", manchete de um ínclito azulamarelo jornal norte paranaense, neste 11/09/2008. Vejo rotineiramente debate dos candidatos preanunciando isenção de impostos e concessão de imóvel para grandes empresas que se aportarem nos municípios no processo de criação de emprego. Se as pequenas geram mais emprego, a não-contradição lógica, por que financiar, subsidiar empresa de grande porte? Hipótese: estas dispoem de capital de giro inicial de fácil apoio político, vide quem financiam as campanhas políticas. Desconfiem destes discursos políticos eleitoreiros que escondem o ovo do galo.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
O Senado refém dos interesses de uma classe (dominante)
O Senado discutiu sobre normas e regras regulando ações das policias na escuta telefônica, da internet e outros meios, dito grampo. É a discussão sobre a interferência do Estado na privacidade do indivíduo. Vale destacar o discurso do Senador Pedro Simon (PMDB-RS) que perguntou: por quê estamos discutindo esse PL (Jarbas Vasconcelos) oriundo do STF. O povão não está incluso neste debate, mas sim a defesa das autoridades e do banqueiro, Daniel Dantas. O foco do debate era a ABIN. A Veja que denunciou sem prova, o Supremo presidente (STF) e o Senador Demóstenes Torres que acusam a ABIN, sem prova, não foram objeto de debate.
Veja a, ou melhor, Olhe o post do PHA clique em que o delegado da PF P. Queiróz fundamenta o pedido de escuta telefônica.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Ideologia e o prazo de validade:Elogio a Daniel Dantas - os donos do f(ph)oder.
De fato é necessário tecer o Elogio ao representante da classe dominante - Daniel Dantas. Disse o PHA (Conversa Afiada) "Daniel Dantas não:
- grampeou ninguém,
- não corrompeu ninguém,
- não lavou dinheiro,
- não vendeu fundo de não-residente a residente,
- não botou dinheiro no mensalão,
- não financiou a filha do Serra,
-não financiou o PSDB,
-não contratou a Kroll e o Avner Shemesh para espionar a (...)mulher e (...) filha (de Paulo H. Amorim),
- não redigiu, com Marcio Aith, a “reportagem” da Veja sobre a conta secreta do Presidente Lula,
- não formou quadrilha com Naji Nahas, não contratou o “Gomes”,
- não pagou o Zé Dirceu numa “conta-curral”,
- não jantou com Fernando Henrique no Palácio da Alvorada para fuzilar uma diretoria hostil da Previ
– em suma, Daniel Dantas é um santinho do pau oco."
Mas ideologia é isso, é pena que alguns panigados atores sociais não acreditam estão vacinado dialéticamente contra tal vacina. E viva a democracia para além da hegemonia.
sábado, 30 de agosto de 2008
Economia de gastos públicos: onde gastar?
sábado, 23 de agosto de 2008
O Brasil da modernidade inacabada
Neste momento de jogos e eleição vale ver o site da indiferença.
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/corrente_page.htm
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Distúrbios de aprendizagem e os pobres na escola
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Racismo e o resultado da política de cotas
Segundo informações do “Vermelho”, a primeira turma de cotistas raciais a se formar no país chega ao fim de vários cursos mostrando desempenho bem superior aos alunos não-cotistas, o que prova que, ao contrário do que diz a mídia branca e racista, em vez de “prejuízo acadêmico” a política de cotas, ao menos para a UnB, gerou lucro.
Segundo o estudo da UnB, numa escala de 0 a 5, os cotistas alcançaram, em média, um coeficiente de rendimento de 3,9 contra 2,3 dos não-cotistas, e a média de trancamento de matrícula entre os cotistas é de 0,5, contra 1,0 dos não cotistas. Já as reprovações entre os cotistas alcançam 1,5, contra 3,5 dos demais.
Coeficiente de Rendimento Escolar:
cotista = 3,9
não cotista = 2,3
domingo, 27 de julho de 2008
A Folha e UOL brinda os neoliberais: ideologia.
Kassab usa máquina para tentar influir em pesquisa Datafolha
E-mail obtido pela Folha mostra que prefeito acionou pessoalmente a máquina da prefeitura para tentar influir na última pesquisa Datafolha, informa Renata Lo Prete.
Outro lado: "Agi de forma franca e transparente"
Propaganda eleitoral invade blogs e redes sociais
Alckmin diz que não pretende explorar "lista suja"
Kassab diz não acreditar em "lista suja" com seu nome
ELEIÇÕES 2008
Traficantes ameaçam jornalistas em visita de candidato a favela
Repórteres e fotógrafos acompanhavam a campanha do candidato a prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRB).
Intimidação à imprensa é "gravíssima", diz governo
No Rio, Crivella e Jandira se deparam com drogas
Leia cobertura completa sobre as eleições 2008
Com o resultado da pesquisa Datalha - 25/07 - Marta: 36%; Alkmin: 32%; e Kassab: 11% e outros, a estratégia da Folha é criticar Kassab (sugestão de Serra) para declinar os votos para o candidato peesedebista, e por outro lado criticam o Crivela (PRB-RJ) e Jandira, base do apoio do Governo Lula, associando com drogas. E pauta defesa de Alckimin na defesa da lista suja (partidariamente montada) elaborada pelo AMB que já sofreu crítica até de cachorro morto.
É a alcunha feita pelo PHA - Paulo Henrique Amorim - 'coisa da PIG - Partido da Imprensa Golpista'.
sábado, 26 de julho de 2008
A educação no Brasil: muito a construir
quarta-feira, 9 de julho de 2008
A Inflação, a fome e a mídia.
www.adital.org.br
O FMI, a fome e a inflação
Jung Mo Sung *
Adital - 8/07/2008.
O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, inicia o seu artigo "Países pobres estão num momento crítico" (publicado no O Estado de São Paulo, 08/08/2008), dizendo: "Ninguém sente as conseqüências da explosão dos preços dos produtos básicos tão intensamente quanto os pobres, que gastam pelo menos metade de sua renda com alimentação". Com isso ele apresenta os dois grandes problemas econômico-sociais que enfrentamos hoje: a inflação e a ameaça do aumento da fome no mundo.
O presidente do Banco Mundial, Roberto Zoeellick, também mostrou a mesma preocupação e afirmou na reunião do G-8 que, se a atual escalada do preço dos alimentos não for contida, mais 100 milhões de pessoas podem ser lançadas na miséria, comprometendo os resultados positivos alcançados nos últimos anos. Isso em um mundo onde 40% da população dos países chamados "em desenvolvimento" já sofrem subnutrição.
Para o diretor do FMI, o desafio tanto para os países ricos e os pobres é "como alimentar os pobres sem alimentar também a inflação e sem exaurir as reservas" (financeiras dos países). Essa afirmação apresenta uma argumentação circular "interessante": os pobres estão tendo mais dificuldade na alimentação porque os preços dos alimentos estão subindo; e esses preços estão subindo porque os pobres do mundo estão comendo mais e pressionando os preços. Isso me faz lembrar a entrevista na TV de um professor de economia que, perguntado sobre o recente aumento da bolsa-família acima da inflação, disse que isso é bom porque os pobres vão poder comer mais, mas que por outro lado é ruim porque vai pressionar ainda mais os preços dos alimentos prejudicando os pobres.
Strauss-Kahn, diferentemente da posição adotada por FMI nas décadas anteriores, diz que cada país é diferente de outro e por isso as soluções também devem ser diferentes. Mas, ao mesmo tempo, propõe algumas diretrizes comuns para todos. Ele afirma que, de uma perspectiva econômica, o repasse integral dos aumentos dos preços aos consumidores é lógico porque isso incentivaria o aumento da produção e a redução do consumo. Significando na prática o aumento do lucro dos capitalistas e da fome dos que não podem pagar os novos preços da comida. Ao mesmo tempo, ele reconhece, é preciso proteger esses pobres mais afetados pelo "choque de preços". E propõe assim que "a melhor solução é estabelecer uma rede eficaz de proteção social".
Porém, como os países devem lutar contra a inflação, essa proteção social não pode ser significativa, pois o aumento dos gastos dos governos na área social é considerado, pelo FMI e pela ortodoxia econômica vigente, como uma fonte de pressão inflacionária. Assim, a ajuda aos pobres deve estar limitada à política fiscal de combate à inflação. Além disso, o FMI continua defendendo que o livre comércio internacional é também um fator crítico na luta contra a inflação e a pobreza.
Apesar do discurso da luta contra a pobreza e a fome, FMI continua defendendo as mesmas idéias "ortodoxas" dos anos atrás. Os fundamentos das suas análises e propostas não mudaram. Por isso, o diretor-geral do FMI termina o seu artigo dizendo: "Precisamos reconhecer a gravidade do problema que tantos países enfrentam e ajudá-los a pôr em prática medidas paliativas que não ameacem a estabilidade econômica".
Um dos pontos fundamentais da crise do preço de alimentos que não aparece na argumentação de Strauss-Kahn é a razão do não aumento da produção de alimentos no mundo em quantidade necessária para acompanhar o aumento da demanda dos países pobres e "em desenvolvimento". Para muitos analistas, uma das principais razões desse não aumento é o subsídio à produção agrícola e a proteção alfandegária praticados pelos governos dos Estados Unidos e da Europa aos seus produtores. Essa política distorce o preço internacional de alimentos e impossibilita que os produtores de alimentos dos países mais pobres possam produzir e competir no mercado internacional com os produtores norte-americanos e europeus fortemente subsidiados e protegidos pelos seus governos. Isto é, os países ricos não são defensores do livre comércio internacional, mas sim do livre comércio só nos setores que lhes interessam.
A ausência do tema do subsídio e barreiras comerciais impostos pelos países ricos no artigo de Strauss-Kahn é um sinal de que esses países, FMI e outros organismos internacionais não defendem na verdade o livre comércio internacional e nem estão realmente preocupados com a pobreza e a fome no mundo. O que eles realmente defendem é a atual "estabilidade econômica", uma ordem que garante os seus privilégios imperiais e a sua auto-imagem de "benevolentes". Por isso, como diz Strauss-Kahn, só aceitam medidas paliativas que não ameacem a atual ordem econômico-social-política internacional.
Isso significa que, na nossa luta contra a pobreza e a fome, devemos colocar na pauta da discussão (de comunidades, grupos e lutas sociais) as regras do comércio internacional -especialmente na área de produtos agrícolas- e a busca de um novo tipo de ordem econômica nacional e internacional capaz de permitir que os pobres comam mais e melhor sem ser vistos como uma ameaça à estabilidade econômica.
[Autor de "Cristianismo de libertação", Ed. Paulus].
domingo, 15 de junho de 2008
Jornalista do deus Mercado critica documentário sobre Maradona
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Os demônios do papa Bento e do Bush. My god?
'Os demônios' são todos aqueles que criam obstáculos ao domínio e estruturação do capitalismo moderno. O terrorismo e a luta entre cristianismo e religiões islâmicas e mulçumanos são engodo e simulãções ideológicas para manutençao do imperialismo e domínio de classe, no combate ao alteromundismo - 'um novo mundo é possível'. O caminho dos democratas a presidência dos EUA é uma ameaça para o Papa e seus sequazes.
terça-feira, 3 de junho de 2008
ONTOLOGIA DO BANHEIRO MASCULINO
Apesar dos usuários se ignorarem mutuamente, suas ações não passam despercebidas. Existem regras tácitas que regem implacavelmente as relações sanitárias e o respeito ou não a esse código definem como o sujeito é visto por seus pares. Um deslize pode representar a queda definitiva das mais austeras e avalizadas reputações. Portanto, para o frequentador que enruste algum desejo de pederastia inconfessa, todo cuidado é pouco.
Uma regra de suma importancia diz respeito às cabinas. Nada de usá-las para aliviar a bexiga! Quem prefere se isolar é porque tem vergonha das dimensões irrisórias de seu pênis ou teme não conter o desejo de olhar o(s) membro(s) alheio(s). Passa recibo de fraco, inseguro ou de baitola. Notem que não estou nem cogitando a possibilidade do mijar sentado. Quem usa deste expediente hediondo merece ser banido do recinto à pontapés e apedrejado em praça pública. Macho que é macho mija no urinol e só usa a privada como último recurso, no caso daqueles estarem todos ocupados. E quando o faz, deve direcionar o jato sempre ao centro da louça onde fica o laguinho d’água parada, para que o barulho mostre uma pressão saudável e vigor varonil.
Mas qual mictório escolher? O do canto ou o do meio? E se for daqueles contínuos, coletivos, de aço inox?
Bem, fica a gosto do freguês. Mas quem procura sempre as pontas é porque se sente desconfortável no meio de outros homens. Ficar à vontade demais também não é o caso, mas não há porque temer a proximidade do próximo. Quem está confortável com sua masculinidade se posta nas posições centrais. Urina olhando estoicamente para frente, mas tranquilamente. Pode assobiar o hino do time, desde que não se esteja na torcida adversária; pode liberar flatos sonoros, que são excelentes sinais de virilidade, mostram desprendimento e segurança por parte do emissor; gemidos são permitidos, desde que graves como a voz de um baixo ou barítono. De tenor para baixo, todo gemido é interpretado como vindo de um castrato; os bem-dotados ainda podem se dar ao luxo de manter uma boa distância do recipiente e garantir o jato certeiro, para a inveja geral. A finalização é sempre por meio de chacoalhadas e nunca, repito, nunca usar papel higiênico para secar as últimas gotas. O lugar delas é na cueca.
Falamos até agora de urinar, de tirar água dos joelhos. E quando for hora de esvaziar os intestinos, de pintar a porcelana, soltar a cobra no balaio ou - como dizem as mulheres e os metrossexuais – fazer o número dois? Bem, neste caso não há como escapar das cabinas e suas privadas. Se vai cobrir o assento com papel, se vai ficar agachado sem se sentar, se vai deixar o membro mergulhado na água pútrida, bem, isso é um problema de asseio particular de cada um e não diz respeito a esta breve dissertação. A única recomendação é não confundir macheza com desrespeito: evite borrar a tampa e puxe sempre a descarga. Feder pode. Deixar um registro olfativo, vá lá. O que não pode são as lembranças visuais.
Para finalizar, o uso da pia. Junto ao grande público o sujeito tem que jurar de pés juntos que sempre lava as mãos. Mas dentro do banheiro, diante dos seus pares, é opcional. Os outros usuários não vão achar ruim se virem alguém sair sem usar a água e o sabão. A não ser que trate-se do cozinheiro ou do médico de plantão.
Boa excreção! – Macho viado.
sábado, 10 de maio de 2008
Burrice é confundir inteligência com escolaridade - Lula.
Os partidos de oposição e a mídia, por participarem da mesma classe social, cominados nos mesmo interesses não conseguem captar o real do movimento da sociedade. Mundo está mudando, mas tem alguns que não querem captar a mudança. Aquele conceito fixo da oligarquia que pautava, ditava a opinião pública é coisa do passado. Tal como a humorista, 'isto já não te pertence mais'. O povo está fazendo uma revolução por baixo sem confrontar com os donos do poder de cima. Setores da classe média, ventríloga da classe econômica dominante, nas secções de carta dos jornais jactam "não é possível que este governo 'dos pobres' representado por um 'zé ninguém - Lula, está dando certo", 'esta popularidade do governo não é verdade, a pesquisa é falsa". Dê uma olhada pela América Latina, e até o EUA. Escrevam o que preanuncio. Os resultados da próxima eleição irão demonstrar o avanço dos setores progressistas.
O índice de escolaridade é baixo, a maioria do povo concluiu apenas a educação básica. O senso comum do povo não se contrapoe com a ciência. 'O cientista virou um mito. E todo mito é muito perigoso, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento.'(Rubem Alves, Filosofia da Ciência, Brasiliense, 1981, p.11).
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Patercídio - e a busca do homem
Vivemos em sociedades individualistas, criação da sociedade ocidental. A partir do momento que nos dizem que somos indivíduos e que temos que nos fazer a nós próprios, dizem também que é difícil existir, daí começa a inquietação. Ser livre é muito perigoso, e somos obrigados a desenvolver-nos sob o julgamento dos outros, afirma BRUCNER, 1999. Estamos continuamente sendo medidos, julgados, avaliados, isto reforça o peso da responsabilidade. O homem sente o peso pressionado pela mulher. O sexo frágil não educou a assumir a responsabilidade. Vide como as mães tratam a filha e o filho no processo educacional familiar. O patercídio tem uma explicação frente a fuga do ceticismo e do dogmatismo do mundo moderno.
domingo, 4 de maio de 2008
Brasil, país de baixo risco. Para quem o resultado?
Qual o cenário da nossa economia? A mídia tenta impor sua 'ideologia'.
sábado, 3 de maio de 2008
A sociedade civil de costa para o Estado
A presença ativa da sociedade civil na trama dos tecidos sociais e nos espaços de mediação e construção das tramas de poder é precária e existe como simulacro. As entidades representativas (Ongs, Oscips, organizações, associações, fundações, e empresas) sobrevivem de um hegelianismo claudicante, de um obreirismo operante envolto de um imediatismo e das necessidades primárias.
Os conselhos de direitos, 'locus' gestores e mediadoares de políticas públicas e do fundo público, existem e sobrevivem no debate sobre as sombras, tal como os homens 'do mito da Caverna' de Platão. Este debate necessita de debate.
domingo, 20 de abril de 2008
A criança vista pelas crianças e a mídia
A Lei do Mercado é superior a vida. O deus Mercado necessita de sangue. É insensivel com a vida.